TRANSTORNOS MENTAIS COMUNS EM PACIENTES HIPERTENSOS: ESTUDO EM UNIDADE DE ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE NO RIO DE JANEIRO

Autores

  • Cecilia Fiorotti csegsf/ensp/fiocruz
  • Jeane Tomazelli conprev/INCA
  • Lucia Malagris IP/UFRJ

Palavras-chave:

transtornos mentais comuns, hipertensão, distúrbios do sono, distúrbios psicossomáticos, saúde do homem

Resumo

Resumo

Estudos indicam associação de transtornos mentais comuns com sexo feminino, baixas renda e escolaridade, alterações de sono e doenças crônicas. Com objetivo de estimar a prevalência de transtorno mental comum em hipertensos em unidade de atenção primária à saúde, realizou-se estudo descritivo com amostra de 92 hipertensos, utilizando-se o Questionário de Saúde Geral de Goldberg. A idade média da amostra foi de 59 anos cuja composição foi: 82,6% mulheres; 57,3% com ensino fundamental incompleto; 50% hipertensos moderados e 32% de leves; 27,2% com diagnóstico no período de até 5 anos e 35,9% entre os 5 e 10 últimos anos; 40,2%  com tratamento iniciado nos últimos 5 anos e 34,8% no período entre os últimos 5 e 10 anos. A prevalência geral de transtornos mentais comuns foi de 29,3%; distúrbios do sono 45,3%; distúrbios psicossomáticos 35,9%; estresse psíquico 19,6%. Mulheres mostraram resultados maiores que os homens em todos os fatores, exceto distúrbios psicossomáticos. As maiores prevalências do fator geral e dos fatores específicos de transtorno mental comum foram observadas entre os sujeitos de 45 a 54 anos, ensino fundamental incompleto, tempo de diagnóstico e de tratamento de até 10 anos. Concluiu-se que a prevalência de transtorno mental comum em hipertensos pode ser maior nas fases iniciais e intermediárias do tratamento e que proporção elevada inicia tratamento tardiamente. Homens evidenciam maior prevalência de distúrbios psicossomáticos do que as mulheres e baixa demanda aos serviços de saúde.

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Biografia do Autor

Cecilia Fiorotti, csegsf/ensp/fiocruz

psicóloga do Centro de Saúde-Escola Germano Sinval Faria da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca da Fundação Oswaldo Cruz/RJ

Jeane Tomazelli, conprev/INCA

analista controle de câncer da Coordenação de Prevenção e Vigilância do Instituto Nacional do Câncer

Lucia Malagris, IP/UFRJ

professora adjunta do Instituto de Psicologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro

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Publicado

2009-06-15

Edição

Seção

Artigos Originais