Sífilis Congênita como indicador de avaliação da assistência ao pré-natal no município de Olinda.

Autores

  • Ederline Suelly Vanini de Brito Hospital das Clínicas/UFPE
  • Suzane Brust de Jesus Fundaçao de Ensino Superior de Olinda/FUNESO
  • Maria Rejane Ferreira da Silva Faculdade de Enfermagem/UPE - FIOCRUZ/RECIFE

Palavras-chave:

Sífilis congênita, assistência pré-natal, gravidez.

Resumo

Este estudo teve como objetivo avaliar a qualidade da assistência ao pré-natal no município de Olinda, utilizando-se como indicador a sífilis congênita (SC). Trata-se de um estudo descritivo, quantitativo e de corte transversal. Como fontes de dados, foram utilizadas as fichas de notificação epidemiológicas e de investigação dos casos de SC, disponíveis no Sistema Nacional de Agravos de Notificação (SINAN), dos anos de 2005, 2006 e 2007, como também um questionário, contendo perguntas abertas e fechadas, o qual serviu para entrevistar os enfermeiros das Unidades de Saúde da Família e dois técnicos da Vigilância epidemiológica. Os dados foram digitados em Excel e analisados no SPSS 13. Foram registrados 234 casos de SC. A maior proporção de SC incide entre as mulheres maiores de 20 anos, com menos de 8 anos de estudo e 83,25% delas realizaram o pré-natal. Tanto as mulheres (90,0%) como os seus parceiros (92,0%) foram inadequadamente tratados. 46 enfermeiros (85,2 %) responderam ao questionário. A maioria era do sexo feminino e as médias de idade, de anos de formado e de tempo de trabalho na unidade foram, respectivamente, de 37, 11 e 4 anos. Mais da metade (54,3%) dos profissionais informou que havia dificuldades para realizar os exames e a metade (50%) deles afirmou ter dificuldades no recebimento dos resultados. 36,9% do grupo não realizavam o controle da cura das gestantes com VDRL positivo durante o pré-natal e a maioria (78,26%) tinha problemas para realizar o tratamento dos parceiros das gestantes. Os resultados apontam para a necessidade de esforços para melhorar a qualidade da assistência pré-natal no município. São necessários investimentos em capacitação profissional, na melhoria de infra-estrutura da rede, na comunicação entre os diversos serviços e condições de trabalho. No entanto, a resolução de problemas como a SC e de outros agravos à saúde implica na adoção de políticas públicas estruturantes e ações intersetoriais que envolvam, por exemplo, o âmbito da educação e do trabalho.<?xml:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" />

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Biografia do Autor

Ederline Suelly Vanini de Brito, Hospital das Clínicas/UFPE

Enfermeira. Aluna da Especializaçao em Enfermagem do Trabalho/IBPEX

Suzane Brust de Jesus, Fundaçao de Ensino Superior de Olinda/FUNESO

Enfermeira. Especialista em Saúde Pública. Professora da FUNESO.

Maria Rejane Ferreira da Silva, Faculdade de Enfermagem/UPE - FIOCRUZ/RECIFE

Professora Adjunta da Faculdade de Enfermagem/Universidade de Pernambuco e Pesquisadora colaboradora da FIOCRUZ/Recifa.

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Publicado

2008-11-14

Edição

Seção

Artigos Originais

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