Tendências da mortalidade infantil no Estado do Espírito Santo, Brasil, 1979 a 2004
Resumo
Introdução. A taxa de mortalidade infantil é utilizada como indicador da qualidade de vida das nações, da organização dos serviços de saúde e da assistência e, no Brasil, é observada uma tendência à queda deste indicador. Objetivo. Identificar as tendências da mortalidade infantil da série histórica dos coeficientes de mortalidade infantil e de seus componentes no Estado do Espírito Santo no período de 1979 a 2004. Material e Métodos. Trata-se de um estudo de série histórica cuja fonte de dados é composta pelos bancos de dados do SIM, IBGE e SINASC. As análises das tendências constituem-se de cálculos das retas de regressão linear para o coeficiente de mortalidade infantil e de seus componentes pelo programa SPSS, versão 12.0 e o programa Microsoft Office Excel, versão 2003. Resultados. As tendências do coeficiente de mortalidade infantil e seus componentes no Estado do Espírito Santo são decrescentes e estatisticamente significantes (p<0,0001). O componente pós-neonatal apresenta-se com o maior índice de queda e o neonatal como o que mais contribui para a mortalidade infantil, devido ao elevado número de mortes neonatais precoces. De todos os componentes da mortalidade infantil, o que apresenta menor redução é o neonatal tardio. Conclusão. É necessária a intensificação de esforços na tentativa de ampliar o acesso à assistência materno-infantil com qualidade a fim de reduzir as altas taxas de mortalidade neonatal, especialmente a neonatal precoce.