Interseccionalidade e mulher negra: raça, classe, gênero e religião

Autores

  • Flávia Tortul Cesarino UNESP Marília

DOI:

https://doi.org/10.34019/2237-6151.2020.v17.30794

Palavras-chave:

Mulher negra, Classe, Gênero, Feminismo Negro, Interseccionalidade

Resumo

Atualmente, existem muitos estudos sobre gênero, feminismo, sobre as desigualdades imputadas às mulheres, como por exemplo, em relação ao fato de ganharem menos que os homens exercendo a mesma função, assim como estudos sobre os negros, raça, o racismo e o combate ao racismo. Contudo, quando a mulher negra se torna objeto de análise, existem menos pesquisas e menos ainda quando se trata da mulher negra no cristianismo. Pretende-se neste texto explanar algumas variáveis relacionadas à mulher negra: raça, classe, gênero e religião, a partir da perspectiva de autores da antropologia, sociologia e teologia, tendo como objetivo realizar uma revisão bibliográfica sobre raça, gênero, feminismo negro e cristianismo, para que se possa analisar como se constrói a identidade da mulher negra e a ressignificação de suas práticas religiosas no meio evangélico.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BANDEIRA, L. M. & OLIVEIRA, E. M. de. Trajetória da Produção Acadêmica sobre as Relações de Gênero nas Ciências Sociais. In: GT 11 - A transversalidade do gênero nas ciências sociais. XIX Encontro Anual da ANPOCS. Caxambu, outubro de 1990.

BASTIDE, R. Les religions africaines au Brésil. Paris: Presses Universitaires de France, [1960] 1995.

CARVALHO. J. J. O olhar etnográfico e a voz subalterna. Horizontes Antropológicos, Porto Alegre, ano 4, n. 8, p. 182 - 198, junho de 1998. 125 Sincretismo afro-brasileiro e resistência cultural , Porto Alegre, ano 7, n. 15, p. 107-147, julho de 2001.

CRENSHAW, K. W. “Documento para o encontro de especialistas em aspectos da discriminação racial relativos ao gênero,” Revista Estudos Feministas 10 (2002): 177.

GIDDENS, A. Mundo em Descontrole, Rio de Janeiro: Record, 2000.

GUEDES, M. E. F. Gênero o que é isso? Psicologia: Ciência e Profissão, vol. 15, no. 1-3, Brasília, 1995, p. 4-11.
HALL, S. A Identidade Cultural na Pós-Modernidade. Rio de Janeiro: D&P , 2006.

HARDING, S. The science question in feminism. Milton Keynes. Open University Press, 1986.

HOOKS, b. Feminism Is For Everybody: Passionate Politics (London: Pluto Express, 2000), 15.

LÓPEZ, M. M. Sou negra e formosa: raça, gênero e religião. Corporeidade, etnia e masculinidade. Reflexões do I Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião. Faculdades EST, São Leopoldo, RS, Sinodal, 2015.

PELÚCIO, L. Subalterno quem, cara pálida? Apontamentos às margens sobre pós-colonialismos, feminismos e estudos queer. Dossiê Saberes Subalternos. Contemporânea, v. 2, nº 2, julho-dezembro 2012, p. 395-418.

RIBEIRO. D. Feminismo Negro para um Novo Marco Civilizatório. SUR - Revista Internacional de Direitos Humanos, v.13, n.24, 2016, 99 - 104.

SAID, E. W. Orientalismo: o Oriente como invenção do Ocidente. Tradução de Tomás Rosa Bueno. São Paulo: Companhia das Letras, 1996.
SCOTT, J. Gênero: uma Categoria Útil de Análise Histórica. Educação e Realidade. 20 (2), p.71-99, 1995.

SCHWARCZ, L. Nem preto nem branco, muito pelo contrário: cor e raça na intimidade. História da vida privada no Brasil Volume 4. Companhia das Letras: São Paulo, 1998, p. 174-243.

SHOWALTER, E. (org). Speaking of gender. New York, Routledge, 1989.

SOARES, V. Muitas Faces do Feminismo no Brasil, São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 1994.

REINA, M. L. Pentecostalismo e questão racial no Brasil: desafios e possibilidades do ser negro na igreja evangélica. PLURAL, Revista do Programa de Pós Graduação em Sociologia da USP, São Paulo, v.24.2, 2017, p.253-275.

Retrato das desigualdades de gênero e raça / Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. [et al.]. - 4ª ed. - Brasília: Ipea, 2011. 39 p.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Censo 2010: número de católicos cai e aumenta o de evangélicos, espíritas e sem religião. Disponível em:
<https://censo2010.ibge.gov.br/noticias-censo?id=3&idnoticia=2170&view=noticia> Acesso em: 29 ago. 2019.

SIGNS. Within and without: women, gender, and theory. 12(4), 1987.

SPIVAK, G. C. Pode o subalterno falar? 1. ed. Trad. Sandra Regina Goulart Almeida; Marcos Pereira Feitosa; André Pereira. Belo Horizonte: Editora da UFMG, 2010.

STOLCKE, V. Sexo está para gênero assim como raça para etnicidade? Estudos Afro-Asiáticos, (20): 101-119, junho de 1991.

Downloads

Publicado

2020-07-31

Como Citar

TORTUL CESARINO, F. Interseccionalidade e mulher negra: raça, classe, gênero e religião. Sacrilegens , [S. l.], v. 17, n. 1, p. 127–150, 2020. DOI: 10.34019/2237-6151.2020.v17.30794. Disponível em: https://periodicos.ufjf.br/index.php/sacrilegens/article/view/30794. Acesso em: 28 mar. 2024.