Redes Sociais Pentecostais e “dependência química” no município de Rio Grande da Serra, periferia do Grande ABC Paulista

Autores

  • Claudio Pereira Noronha

Palavras-chave:

Vulnerabilidade social, dependência química, redes sociais pentecostais

Resumo

O município de Rio Grande da Serra, situado na região do Grande ABC paulista,
apresenta um conjunto de características que nos permite classificá-la como uma região
de periferia urbana, em que parcela da população está inserida em significativa situação
de vulnerabilidade social. Nesse espaço urbano, um número expressivo de homens e
mulheres (entre eles jovens) tem sido acometido pela dependência química – um dos
grandes problemas das sociedades contemporâneas ─, o que pode gerar tanto uma
significativa desagregação familiar e social, como também a violência doméstica. Nesse
sentido, o artigo analisará em que medida as redes formais como associações de
recuperação de dependentes químicos e informais como cultos (especialmente os
louvores), entre outros espaços eclesiais, próximas a esse grupo religioso, contribuem
para amenizar a violência sofrida, em especial por seus familiares como cônjuges e
filhos.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ALMEIDA, Ronaldo de e D’ANDREA, Tiajuru. “Pobreza e redes sociais em uma favela paulista”, Novos
Estudos, n.68, p.94-106, 2004.
BICALHO, Elizabete. “Gênero, Violência e Religião – Uma alquimia [perfeita]”. In: Revista
Mandrágora, Universidade Metodista de São Paulo, ano 07.n.7/8, p.89-98, 2001/2002 (Parte I –
Violência, gênero e religião).
BOURDIEU, Pierre. A Distinção: crítica social do julgamento. São Paulo: Edusp; Porto Alegre, RS:
Zouk, 2007a.
____________. Razões práticas: sobre a teoria da ação. Campinas, SP: Ed. Papirus, 2007b.
CAMARGO, Cândido P. F. de. Católicos, protestantes, espíritas. Petrópolis/RJ: Ed. Vozes, 1973.
FARRIS, James Reaves. Conflito Moral e Religião: universos morais, valores definitivos e teorias de
conflitos. Estudos de Religião, Ano XVII, nº 25, São Bernardo do Campo, jul-dez/2003, p.184-2006.
FONTES, Paulo. Um Nordeste em São Paulo: trabalhadores migrantes em São Miguel Paulista (1945-
66). Rio de Janeiro: Ed. FGV, 2003.
GIFFIN, K. Gender Violence, Sexuality and Health. Caderno Saúde Pública, Rio de Janeiro, (supplement
1): 146-155, 1994.
GOMES, Sandra e AMITRANO, Claudio. In: MARQUES, Eduardo e TORRES, Haroldo (Orgs.). São
Paulo: segregação pobreza e desigualdades sociais. São Paulo: Ed. SENAC, 2005, Cap. 7, p.169-194.
GREEN, Duncan. Da pobreza ao poder: como cidadãos ativos e estados efetivos podem mudar o mundo.
São Paulo: Ed. Cortez; Oxford; Oxfan Internacional, 2009.
MAFRA, Clara. Distância territorial, desgaste cultural e conversão pentecostal. In: MAFRA, Clara e
ALMEIDA, Ronaldo. Religiões de Cidades: Rio de Janeiro e São Paulo. São Paulo: Ed. Terceiro Nome,
2009.
MARIANO, Ricardo. Neo Pentecostais: sociologia do novo pentecostalismo no Brasil, São Paulo:
Edições Loyola, 1999.
MARQUES, Eduardo e TORRES, Haroldo (Orgs.). São Paulo: segregação pobreza e desigualdades
sociais. São Paulo: Ed. SENAC, 2005.
MEINERZ, Nádia Elisa. “Sexo, oração e rock’and’roll: um estudo antropológico das percepções de
sexualidade de jovens a partir da vivência religiosa”. In: Revista Numen, Universidade Federal de Juiz de
Fora, v.7, n.1, p.123-144, jan.jul/2004.
MESQUITA, Wania. “Os pentecostais e a vida em favela no Rio de Janeiro”. Estudos de Religião, v.23,
n.37, São Bernardo do Campo, Universidade Metodista de São Paulo, jul./dez. 2009, p.89-103.
MENDONÇA, Antonio Gouvêa de. Protestantes, pentecostais & ecumênicos: o campo religioso e seus
personagens, 2º ed. São Bernardo do Campo: Universidade Metodista de São Paulo, 2008. (organização
da edição dos textos, CAMPOS, Leonildo Silveira).
NORONHA, Claudio Pereira. Religião e Capital Social na periferia urbana do Grande ABC Paulista:
uma análise das redes sociais pentecostais no município de Rio Grande da Serra. Dissertação (Mestrado
em Ciências da Religião), Universidade Metodista de São Paulo, São Bernardo do Campo, 2010.
Plano Diretor Participativo de Rio Grande da Serra, 2006. Revista dos Problemas Brasileiros, nº 336, nov/dez 1999, p.26-29.
SÁNCHEZ, Ana Lígia e PONCE, Osmundo. A mulher na Igreja Pentecostal: abordagem inicial à prática
religioso. In: GUITIERREZ, Benjamim F. e CAMPOS, Leonildo Silveira (Orgs.). Na força do Espírito:
os pentecostais na América-Latina: um deságio às igrejas históricas. São Paulo: Associação Literário
Pendão Real, 1996.
SANTOS, Tarcísio dos. Religião e Alcoolismo - Estudo da Prática Pastoral da Igreja Metodista Frente a
Síndrome da Dependência do Álcool à Luz do Credo Social. Dissertação (Mestrado em Ciências da
Religião), Universidade Metodista de São Paulo, São Bernardo do Campo, 2010.
TAVARES, Fátima Regina Gomes e CAMURÇA, Marcelo Ayres. “[Juventudes] e religião no Brasil:
uma revisão bibliográfica”. In: Revista Numen, Universidade Federal de Juiz de Fora, v.7, n.1, p.11-46,
jan.jul/2004.
ZALUAR, Alba (apresentação) In: PEREIRA, Luiz F. A. De olhos bem abertos: redes de trafico em
Copacabana. Rio de Janeiro: Ed. FGV, 2003 (violência, cultura e poder).

Downloads

Publicado

2019-06-03

Como Citar

PEREIRA NORONHA, C. Redes Sociais Pentecostais e “dependência química” no município de Rio Grande da Serra, periferia do Grande ABC Paulista. Sacrilegens , [S. l.], v. 8, n. 1, 2019. Disponível em: https://periodicos.ufjf.br/index.php/sacrilegens/article/view/26527. Acesso em: 19 abr. 2024.

Edição

Seção

Temática Livre