PERFIL DAS PACIENTES INVESTIGADAS POR SANGRAMENTO PÓS-MENOPAUSA NO HOSPITAL JÚLIA KUBITSCHEK NOS ANOS DE 2010 A 2014
DOI:
https://doi.org/10.34019/2177-3459.2018.v10.27456Resumo
Introdução: Câncer de endométrio é o mais prevalente do trato genital feminino nos países desenvolvidos ocidentais e se manifesta principalmente por sangramento. Na vigência de sangramento na pós-menopausa, investigação adicional do endométrio deve ser realizada com ultrassonografia e, se indicado, biópsia endometrial. Objetivo: traçar perfil das pacientes investigadas por sangramento pós-menopausa, com espessamento endometrial e verificar a relação entre espessamento endometrial e câncer de endométrio. Metodologia: Estudo transversal retrospectivo realizado através da análise de prontuários de pacientes submetidas a curetagem semiótica e/ou histeroscopia cirúrgica, entre janeiro de 2010 a dezembro de 2014, no Hospital Julia Kubitschek/FHEMIG. Variáveis analisadas: idade da paciente; etnia; nível educacional; paridade; idade da menarca; idade da menopausa; doenças associadas; método diagnóstico para câncer endometrial e espessura endometrial no momento do diagnóstico do câncer. Resultados: mediana de idade foi 58,5 anos, maioria das pacientes de etnia parda e ensino fundamental incompleto. Média da menarca e menopausa: 13,4 e 48,3 anos, respectivamente. Maioria das pacientes foram multíparas e os fatores de risco associados a câncer de endométrio foram diabetes mellitus, hipertensão arterial e colelitíase. Procedimentos diagnósticos mais utilizados: histeroscopia cirúrgica (43,9%), curetagem semiótica (28,8%) e histeroscopia diagnóstica associada à curetagem semiótica (10,6%). Pouco mais da metade dos procedimentos foi realizado em pacientes com endométrio de 5,0 a 10,0mm (51,5%) e o diagnóstico de câncer foi feito em sete casos, com espessura endometrial média de 12,4mm. Conclusão: Não houve associação entre faixa de espessamento endometrial e câncer de endométrio, sendo o método mais utilizado, a histeroscopia cirúrgica.
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