PROPOSIÇÃO DE UMA NOVA METODOLOGIA PARA ISOLAMENTO E CULTIVO DE CÉLULAS-TRONCO MESENQUIMAIS DERIVADAS DO TECIDO ADIPOSO

Autores

  • Natalia Langenfeld Fuoco
  • Monica Yonashiro Marcelino
  • Talita Stessuk
  • Milton Artur Ruiz
  • Elenice Deffune
  • Juliane Campos Inácio
  • João Tadeu Ribeiro-Paes

Palavras-chave:

Células-tronco mesenquimais, Tecido adiposo, Dissociação mecânica, Colagenase, Células-tronco, Metodologia

Resumo

Introdução: As células-tronco mesenquimais (CTM) têm despertado interesse de vários grupos de pesquisa em função do grande potencial de aplicabilidade em terapia celular e medicina regenerativa. Nesse contexto, o tecido adiposo vem
recebendo grande destaque como importante fonte para obtenção de CTM. Os protocolos utilizados atualmente para
o isolamento das células-tronco derivadas do tecido adiposo (ADSC) empregam, de forma geral, o método de digestão
enzimática com colagenase extraída de bactéria (Clostridium histolyticun), que pode conter contaminantes, como endotoxinas
e outros peptídeos que, eventualmente, poderão resultar em reações adversas nos procedimentos de terapia celular
em pacientes humanos. Objetivo: Pretendeu-se no presente estudo adequar e propor uma nova abordagem empregando
a metodologia de dissociação mecânica para isolamento de CTM derivadas de tecido adiposo de ratos. Métodos: As
células cultivadas foram analisadas quanto ao potencial de adesão, proliferação e tempo de duplicação celular, por meio
de uma curva de crescimento. As células isoladas e cultivadas a partir do tecido adiposo foram também analisadas quanto
ao potencial de diferenciação in vitro nas linhagens adipogênica, condrogênica e osteogênica. Resultados: Os resultados
mostraram que o tempo de duplicação (velocidade de crescimento) da população celular isolada por dissociação mecânica é mais expressivo quando comparado com a técnica de digestão enzimática. As células isoladas do tecido adiposo apresentaram potencial de diferenciação nas linhagens osteogênica, condrogênica e adipogênica. Conclusão: Os resultados obtidos permitem concluir que a metodologia de dissociação mecânica apresenta-se como uma alternativa viável, de baixo custo e, como tal, extremamente promissora no sentido de permitir que a colagenase de origem bacteriana (Clostridium histolyticun) torne-se um componente prescindível para isolamento e cultivo de células provenientes do tecido adiposo.

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Publicado

2016-11-11

Edição

Seção

Artigo Original