Avaliação da indução de genotoxicidade pela hidroxiuréia in vitro e in vivo em pacientes com doença falciforme SS e SC
Palavras-chave:
Genotoxicidade, Mutagenicidade, HidroxiuréiaResumo
INTRODUÇÃO: A doença falciforme (DF) é uma hemoglobinopatia caracterizada por alterações estruturais na molécula de hemoglobina (Hb), provocando rigidez, fragilidade e aspecto de foice às hemácias. O tratamento com hidroxiúreia (HU) estimula a síntese hemoglobina fetal (HbF), contribuindo para melhoria dos parâmetros hematológicos e das crises dolorosas. Contudo, estudos têm demostrado potencial efeito mutagênico e genotóxicos da HU in vivo, evidenciando possíveis riscos de longo prazo. OBJETIVO: O objetivo desse trabalho é avaliar os possíveis efeitos genotóxicos pelo tratamento com hidroxiureia em pacientes com DF através da formação de micronúcleos (MN) em linfócitos. MATERIAIS E METODOS: Os participantes dessa pesquisa foram pacientes com DF atendidos no hemocentro de Governador Valadares-MG, Brasil. Foram avaliados 14 pacientes com DF (9 do sexo masculino e 5 do sexo feminino, com idade entre 6-59 anos (média = 25,4 anos), recebendo HU por via oral a 7,5-19,5 mg/kg/dia (média = 12,8 mg/kg/dia). O grupo controle foi composto por 20 pacientes com DF não tratados com HU (12 do sexo masculino e 8 do sexo feminino) com idade entre 4-52 anos (média = 17,6 anos). Avaliação de genotoxicidade e foi realizado pelo o método Cytokinesis-block micronúcleos cytome assay. RESULTADOS: A frequência de MN em células binucleadas para o grupo tratado com HU e o Controle foram semelhantes (5-38; média=10,714 versus 5-23; média =10,952). O número brotos nucleares também mostram-se próximos nos dois grupos (0-4; média = 1,14) versus 0-3; média = 1,04) e as pontes nucleoplasmáticas apresentaram maior frequência no grupo controle (0-3; média = 0,28 versus 0-3; média = 1,04). Alguns trabalhos evidenciam uma maior frequência de MN para o grupo tratado com HU e um potencial efeito genotóxico. Os resultados obtidos nesse trabalho não demonstraram uma genotoxicidade significativa, uma vez, que, estão dentro dos limites basais encontrados na literatura. CONCLUSÃO: Não foi possível observar alterações na frequência de micronúcleos entre o grupo controle e o grupo tratado com HU. Contudo, faz-se necessário um maior grupo de voluntários para a avaliação da genotoxicidade da HU, pois estão envolvidos diversos parâmetros como tempo de tratamento, dosagem, idade, sexo dentre outras.
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