Acessibilidade Aos Serviços De Saúde Pela População Em Extrema Pobreza De Ribeirão Das Neves, Minas Gerais
Palabras clave:
Promoção da Saúde, Políticas públicas, PobrezaResumen
A pobreza é um fenômeno complexo que repercute em crescentes prejuízos na qualidade de vida das famílias com perdas no potencial de saúde. Mundialmente 3,4 bilhões de pessoas são pobres e 736 milhões extremamente pobres; no Brasil são pobres 55 milhões e extremamente pobres 15,2 milhões (7,4%). É preciso repensar no país como as políticas públicas de saúde e intersetoriais têm sido trabalhadas junto aos grupos em extrema pobreza. Foi objetivo desse estudo caracterizar os principais problemas vivenciados na qualidade de vida e acesso à saúde pelos chefes de família (CF) em extrema pobreza de Ribeirão das Neves (RN), município de elevada vulnerabilidade social da Região Metropolitana de Belo Horizonte, e refletir sobre sugestões para melhorias nesses territórios. Foi realizado um estudo exploratóriodescritivo entrevistando 17 CF em extrema pobreza residentes na macrorregião de maior vulnerabilidade social de RN, a mais precária quanto a infraestrutura urbana e com maior número de pessoas vivendo nessa situação, respeitando-se o critério de saturação. Critérios de inclusão: CF residentes em RN há 6 meses e 18 anos ou mais; ser família em extrema pobreza indicada por Agentes Comunitários de Saúde. Empregou-se a análise de conteúdo adotando por referenciais a Promoção da Saúde Emancipatória e Acessibilidade de Donabedian. Os CF possuíam entre 18 e 69 anos, analfabetos 2, ensino fundamental incompleto 13. Em média residiam 8 pessoas/domicílio com renda per capita mensal de R$79,80. Beneficiários do Programa Bolsa Família 13, desempregados/sem renda 3. Apresentaram como principais problemas nos territórios: Falta de transporte público, educação, lazer, inclusão produtiva, serviços de saúde, infraestrutura urbana. “Usa-se água da mina e não presta para beber. Não tem caminhão de lixo, fica amontoando e causa doenças... Rua esburacada, já caí grávida! Saneamento não tem. Esgoto é no córrego. O córrego ali, nós fizemos isso com a máquina! Pediu, a prefeitura não fez!”. Deve-se valorizar a intersetorialidade para promover a saúde nesse contexto sem acessibilidade. A pobreza se reproduz por mecanismos de desigualdade social impostos pelas instituições, quando se planeja e executa as políticas públicas com inequidade.
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Derechos de autor 2025 Viviane Helena de França, Juliana Garanito de Aquino

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