Utilização de prebióticos na prevenção e tratamento da giardíase experimental

Abstract

Giardíase é uma das infecções parasitárias mais comuns em todo o mundo, presente tanto em países desenvolvidos como naqueles em desenvolvimento. O tratamento com medicamentos pode apresentar alguns fatores negativos como avaliar se o uso contínuo de FOS tem efeito preventivo na giardíase experimental. Foram utilizados animais machos (n=32), de quatro a seis semanas, distribuídos aleatoriamente em quatro grupos: Grupo Controle (CT); Grupo FOS; Grupo Controle Infectado (CTIN); Grupo Infectado + FOS (FOSIN). Os grupos FOS E FOSIN receberam por gavagem 250 mg de FOS em 250 µl de água destilada, ou a mesma quantidade de água sozinha (grupos CT e CTIN) durante 15 dias, quando os animais dos grupos CTIN e FOSIN foram infectados via gavagem com 1x106 trofozoítos de Giardia lamblia (cepa Clone H7- ATCC 50581). Os tratamentos foram mantidos até o 30º dia
de experimento (eutanásia). Os níveis de colesterol sérico no grupo FOSIN foram menores que nos grupos CT (p<0,05). A infecção com G. lamblia reduziu os níveis séricos de triglicerídeos (p<0,05) em ambos os grupos (CTIN e FOSIN) e a atividade da enzima catalase hepática no grupo CTIN. O tratamento com FOS aumentou a atividade da enzima superóxido dismutase (SOD) hepática, que foi atenuado pela infecção (FOSIN). Animais infectados e tratados com prebióticos tiveram redução na contagem de cistos a partir do 8º dia até o final do período experimental em relação aos controles infectados (p<0,001), mostrando que a infecção foi atenuada com o uso do prebiótico. A infecção causou redução da altura de vilosidade, aumento da profundidade de criptas e redução da produção de muco, não alterados pelo tratamento com FOS. Os resultados preliminares do estudo apontam para os efeitos benéficos do tratamento preventivo com FOS na infecção por Giardia lamblia.