ESTUDO DA MORTALIDADE MATERNO-INFANTIL NO LESTE DE MINAS GERAIS

Autores

  • Isabela Fernandes Coelho Cunha Universidade Federal de Juiz de Fora - campus avançado Governador Valadares
  • Davi Nilson Aguiar e Moura Universidade Federal de Juiz de Fora - campus avançado Governador Valadares
  • Carolina Gonçalves Dias Universidade Federal de Juiz de Fora - campus avançado Governador Valadares
  • Otávio Diniz de Araújo Furtado Universidade Federal de Juiz de Fora - campus avançado Governador Valadares
  • Waneska Alexandra Alves Universidade Federal de Juiz de Fora - campus avançado Governador Valadares
  • Rômulo Batista Gusmão Universidade Federal de Juiz de Fora - campus avançado Governador Valadares

Palavras-chave:

Mortalidade Infantil, Epidemiologia Descritiva, Sistemas de Informação em Saúde

Resumo

INTRODUÇÃO A mortalidade infantil é um dos indicadores mais sensíveis da situação de saúde e das condições de vida da população. A maior parte das mortes neonatais estão relacionadas à prematuridade, eventos intraparto, sepse, meningite e anomalias congênitas. Minas Gerais (MG) é o estado com maior registro de óbitos infantis na Região Sudeste.
OBJETIVO Descrever a mortalidade infantil na Macrorregião de Saúde Leste de MG, de acordo com variáveis sociodemográficas e clínicas da criança e da mãe. METODOLOGIA Estudo descritivo qualitativo, com uso de dados secundários dos Sistemas de Informação de Mortalidade (SIM) e de Nascidos Vivos (SINASC), disponibilizados pela Secretaria Estadual de Saúde de Minas Gerais, de 2015 a 2021. Foram estudados todos os óbitos ocorridos em crianças com menos de um ano cujas mães residiam nos municípios da Macrorregião de Saúde Leste (Governador Valadares, Mantena, Resplendor, Peçanha/São João Evangelista e Santa Maria do Suaçuí.) Foram calculadas as taxas de mortalidade infantil (TMI) por 1000 nascidos vivos. O presente estudo dispensou a apreciação pelo Comitê de Ética
em Pesquisa, uma vez que se trabalhou com dados secundários, não nominais e de domínio público. RESULTADOS E DISCUSSÃO A TMI do período foi de 14,0 óbitos/1.000 crianças nascidas vivas, sendo os maiores índices correspondentes ao sexo masculino (15,1/1000) e à raça/cor branca (23,1). As maiores TMI foram observadas no componente neonatal precoce seguida pela pós-neonatal e neonatal tardia, padrão esse observado em todas as microrregiões. Santa Maria do Suaçuí destacou-se pela maior TMI neonatal precoce (8,7) em toda a macrorregião. Na análise dos dados maternos, as idades que tiveram TMI mais expressivas foram de mulheres na faixa etária de 40 a 49 anos e de 10 a 14 anos, predominantemente de baixa escolaridade, o que vai ao encontro das evidências científicas que destacam que a baixa instrução materna afeta o nível socioeconômico e o acesso à saúde. Quanto ao local de ocorrência, a categoria extra-hospitalar apresentou elevada mortalidade, fato que é revelado em outros estudos e pode refletir uma associação entre a qualidade da atenção à gestante e os serviços médicos oferecidos no momento do parto
CONSIDERAÇÕES FINAIS A Macrorregião Leste de Minas Gerais ainda apresenta TMI elevada, principalmente no componente neonatal precoce, sem demonstrar tendência à queda. Os resultados desta pesquisa reforçam a necessidade de uma gestão integrada das redes assistenciais que potencialize as capacidades municipais de atender com qualidade não só a gestação, o parto e o nascimento, mas também garantir acesso aos serviços de saúde nos primeiros meses de vida.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Publicado

2025-05-20

Como Citar

CUNHA, I. F. C. .; MOURA, D. N. A. e .; DIAS, C. G. .; FURTADO, O. D. de A. .; ALVES, W. A. .; GUSMÃO, R. B. . ESTUDO DA MORTALIDADE MATERNO-INFANTIL NO LESTE DE MINAS GERAIS. Revista de Ciência, Tecnologia e Sociedade, [S. l.], v. 3, n. 1, 2025. Disponível em: https://periodicos.ufjf.br/index.php/rcts/article/view/48552. Acesso em: 5 dez. 2025.

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)

1 2 3 > >>