PELAS DOBRAS DA LEITURA E DA ESRITA: CRIANÇA, ALFABETIZAÇÃO E A DECOLONIZAÇÃO DO CORPO, GÊNERO E SEXUALIDADE
Resumo
O presente texto se propõe a tomar o ato de ler e escrever, especialmente protagonizado pelas crianças, como potência de inventar mundos que sejam mais afeitos às estranhezas e estranhamentos, desde perspectivas epistêmicas dissidentes das normas de gênero e sexualidade. A partir de imagens e cenas coletadas de registros de memórias coletivas sobre práticas de alfabetização e da literatura, deslocam-se as inscrições nos códigos da norma do ato de ler e escrever da alfabetização, em que a linguagem escrita e a leitura são enquadradas em modos de ser e existir, para perspectivas decoloniais dos saberes e do corpo no qual o cu é o dispositivo que convida à expansão das práticas de leituras de mundo. Por fim, sugere-se pensar a educação como espaço de invenção de mundos e de possibilidades de existir em que a alfabetização supere as práticas normalizadoras e se faça em currículos antropofágicos desde políticas anais.
Palavras-chave: Alfabetização. Crianças. Gênero. Sexualidade. Corpo.