TERRITÓRIOS DA INVESTIGAÇÃO: FRONTEIRAS QUE CONVERGEM O OLHAR
DOI:
https://doi.org/10.34019/2236-7268.2020.v10.33203Resumo
Este texto, híbrido entre relato de experiência e ensaio, procura narrar como o lugar que nascemos, e os lugares que escolhemos, refletem no modo como olhamos para as coisas, as pessoas, e o mundo. Aquilo que Fischer (2005) aponta como conversão do olhar, o exercício criativo e autoral de dar sentido à experiência. Discorre como vivências territoriais, memórias e imaginários são ressignificados e podem impactar decisivamente nas escolhas metodológicas e conceituas de um pesquisador. Afinal, fronteiras, antes de serem marcos físicos ou naturais, são sobretudo simbólicas, referências mentais que guiam a percepção da realidade e dialogam com a identidade. Nesse sentido, como afirma Leenhardt (2002), as fronteiras são produtos desta capacidade mágica de representar o mundo por um mundo paralelo de sinais por meio do qual os homens percebem e qualificam a si próprios, ao corpo social, ao espaço e ao próprio tempo.
Palavras-chave: Fronteiras. Interculturalidade. Educação