A implementação do plantão psicológico em um ambulatório de dor crônica: um relato de experiência

Autores

  • Lucas Silveira Santiago Programa de Residência Multiprofissional em Saúde do Adulto com ênfase em doenças crônico-degenerativas, Hospital Universitário da Universidade Federal de Juiz de Fora https://orcid.org/0000-0002-7046-3583
  • Nataly Netchaeva Mariz Hospital Universitário Antônio Pedro da Universidade Federal Fluminense, Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares https://orcid.org/0000-0002-9754-7357

DOI:

https://doi.org/10.34019/1982-8047.2024.v50.45378

Palavras-chave:

Dor Crônica, Plantão, Prática Psicológica

Resumo

Introdução: A dor apresenta uma série de mecanismos fisiopatológicos e significados subjacentes e pode variar muito em relação à sua intensidade, qualidade e duração. De acordo com o CID-11, a dor é definida como crônica quando persistente ou recorrente, com duração maior que três meses.  Estima-se que a prevalência de dor crônica seja alta, afetando quase um terço da população mundial. Além disso, a literatura aponta que a dor crônica, independentemente do tipo, é um fator de risco importante para o suicídio.  O plantão psicológico visa acolher o sujeito em suas urgências e emergências, e pode ser estabelecido em diversos contextos. No entanto, os estudos científicos sobre o plantão psicológico, em especial no contexto hospitalar, são escassos. Objetivo: Relatar a experiência de implementação do plantão psicológico no ambulatório de dor crônica do HU-UFJF e discutir as potencialidades e limites do plantão enquanto modalidade de intervenção psicológica nesse contexto. Relato de Experiência: O presente trabalho consistiu em um estudo descritivo, qualitativo e teve como objetivo apresentar a experiência de implementação do plantão psicológico no ambulatório multiprofissional de dor crônica do HU-UFJF, na cidade de Juiz de Fora, Minas Gerais, entre os meses de julho de 2021 e fevereiro de 2022, durante a pandemia de SARS-CoV-2. Conclusão: O plantão psicológico mostrou-se um importante espaço de formação para o psicólogo residente, sendo também um relevante espaço de atenção psicológica aos sujeitos com dores crônicas em suas crises e urgências subjetivas.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Raja SN, Carr DB, Cohen M, Finnerup NB, Flor H, Gibson S, et al. Definição revisada de dor pela Associação Internacional para o Estudo da Dor: conceitos, desafios e compromissos. Jornal da Dor da Sociedade Brasileira para Estudo da Dor. 2020; 74:11-8.

DeSantana JM, Perissinotti DMN, Oliveira Junior JO, Correia LMF, Oliveira CM, Fonseca PRB. Revised definition of pain after four decades. Braz J Pain. 2020; 3(3):197-8. doi:10.5935/2595-0118.20200191.

Treede RD, Rief W, Barke A, Aziz Q, Bennett MI, Benoliel R, et al. Chronic pain as a symptom or a disease: the IASP Classification of Chronic Pain for the International Classification of Diseases (ICD-11). Pain. 2019; 160(1):19-27. doi: 10.1097/j.pain.0000000000001384.

Elzahaf RA, Tashani OA, Unsworth BA, Johnson MI. The prevalence of chronic pain with an analysis of countries with a Human Development Index less than 0.9: a systematic review without meta-analysis. Current Medical Research and Opinion. 2012; 1221-9. doi: 10.1185/03007995.2012.703132.

Aguiar DP, Souza CPQ, Barbosa WJM, Santos-Júnior FFU, Oliveira AS. Prevalence of chronic pain in Brazil: systematic review. Braz J Pain. 2021; 4(3):257-67. doi: 10.5935/2595-0118.20210041.

Racine M. Chronic pain and suicide risk: a comprehensive review. Prog Neuro psychopharmacol Biol Psychiatry. 2018; 87:269-80. doi: 10.1016/j.pnpbp.2017.08.020.

Conselho Federal de Psicologia (BR). Referências técnicas para atuação de psicólogas(os) nos serviços hospitalares do SUS. Brasília: CFP; 2019.

Souza BN, Souza AM. Plantão psicológico no Brasil (1997-2009): saberes e práticas compartilhados. Estud Psicol (Camp). 2011; 28(2):241-9. doi: 10.1590/s0103-166x2011000200011.

Mahfoud M. Vivência de um desafio: plantão psicológico. In: Aconselhamento psicológico centrado na pessoa. São Paulo: Epu; 1987.

Lima MCB, Santos GM. Plantão psicológico sob o enfoque da análise do comportamento. Rev Psicol. 2012; 46(3):129-32.

Silva CF, Silva SOM, Tomaz RSR, Daccache MH, Moreira TVE, Araújo JB, et al. Um encontro com o inesperado no plantão psicológico: uma revisão sistemática. Rev em Saúde. 2020; 1(1):1-17.

Hajenius EK. Como abordar psicanaliticamente as situações psiquiátricas emergenciais. Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental. 2003; 6(1):172-4.

Rosenthal, RW. O plantão de psicólogos no Instituto Sedes Sapientiae: uma proposta de atendimento aberto a comunidade. In: Plantão psicológico: novos horizontes. São Paulo: Editora Cultura e Informação; 1999.

Chatkoff DK, Leonard MT, Najdi RR, Cruga B, Forsythe A, Bourgeau C, et al. A brief survey of the COVID-19 pandemic’s impact on the chronic pain experience. Pain Management Nursing. 2021; 23(1):3-8. doi: 10.1016/j.pmn.2021.10.003.

Melo SF, Dutra E. Implantação do serviço de plantão psicológico em instituições do município de Natal: um relato de experiência [Internet]. Anais do V Congresso Norte-Nordeste de Psicologia Maceió-AL; 2007. Disponível em: http://www.conpsi5.ufba.br/. Acesso em: 05 nov. 2022.

Downloads

Publicado

2024-12-12

Como Citar

1.
Santiago LS, Mariz NN. A implementação do plantão psicológico em um ambulatório de dor crônica: um relato de experiência. HU Rev [Internet]. 12º de dezembro de 2024 [citado 20º de dezembro de 2024];50:1-5. Disponível em: https://periodicos.ufjf.br/index.php/hurevista/article/view/45378

Edição

Seção

Relato de Experiência