Análise epidemiológica dos casos de meningite em Uberlândia de 2007 a 2020: uma proposta de intervenção pautada em uma revisão sistemática
DOI:
https://doi.org/10.34019/1982-8047.2022.v48.37578Palavras-chave:
Meningite, Monitoramento Epidemiológico, Sistemas de Informação em Saúde, Notificação de DoençasResumo
Introdução: A meningite é uma emergência médica cujas decisões diagnósticas e terapêuticas implicam diretamente na sobrevida dos pacientes. Objetivo: Realizar uma análise epidemiológica dos casos de meningite em Uberlândia no período de 2007 a 2020 e sugerir uma proposta de intervenção a fim de reduzir a morbimortalidade associada à sua ocorrência. Material e Métodos: Estudo epidemiológico descritivo e quantitativo acerca dos casos de meningite em Uberlândia, Minas Gerais, no período de 2007 a 2020 a partir de dados coletados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação. A proposta de intervenção foi subsidiada por uma revisão sistemática da literatura nas bases de dados PubMed, Scopus, Web of Science, LILACS e SciELO. Resultados: Notificou-se 1.994 casos de meningite no período analisado e a incidência média anual correspondeu a 24/100.000 habitantes. O pico de letalidade ocorreu em 2009 com 9,6%. A etiologia mais prevalente é viral (59,1%) seguida da bacteriana (27,1%), sendo essa responsável por 64,3% dos óbitos. O perfil epidemiológico revela predomínio do sexo masculino, de brancos e de faixa etária infantil até 9 anos e adultos entre 20 a 59 anos. A revisão sistemática da literatura evidenciou medidas de intervenção direcionadas ao diagnóstico precoce da meningite. Conclusões: A alta morbimortalidade observada parece se relacionar ao emprego de testes de baixa sensibilidade e especificidade, o que acarreta diagnóstico e terapia tardios. Ressalta-se a necessidade de ampliar o emprego de novas técnicas diagnósticas e capacitar equipes para atuar de forma precoce.
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