Perfil nutricional de usuários de terapia nutricional enteral domiciliar

Autores

  • Yasmim Prado Moraes Centro Universitário do Sul de Minas. Varginha - MG
  • Daniele Caroline Faria Moreira Centro Universitário do Sul de Minas. Varginha - MG
  • Ágatta Caroline de Souza Centro Universitário do Sul de Minas - MG https://orcid.org/0000-0002-2507-4108
  • Camilla Ribeiro Vieira Marques Universidade Federal de Alfenas. Alfenas – MG, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.34019/1982-8047.2021.v47.33923

Palavras-chave:

Terapia Nutricional, Nutrição enteral, Pacientes domiciliares, Estado nutricional, Sistema Único de Saúde

Resumo

Introdução: A terapia nutricional enteral domiciliar (TNED) tem como finalidade realizar a manutenção e/ou recuperação do estado nutricional do paciente, trazer benefícios de convívio familiar e social, reduzir riscos de infecções hospitalares e custos com internações. Objetivo: Avaliar o perfil nutricional, socioeconômico e demográfico de pacientes em TNED no município de Varginha-MG que são acompanhados pelas equipes de atenção básica do Sistema Único de Saúde, além de identificar o perfil clínico do usuário. Materiais e Métodos: Foi utilizado a avaliação nutricional subjetiva global (ANSG) para coletar informações sobre o estado nutricional. Medidas antropométricas como circunferência do braço, circunferência da panturrilha, altura do joelho e dobra cutânea tricipital foram aferidas e realizadas as estimativas de peso e estatura. Utilizou-se também questionários para avaliar a história clínica e patológica do paciente e em relação ao tipo de nutrição enteral ofertada e perfil socioeconômico. Para a análise estatística, realizou-se o teste de correlação de Pearson, por meio do software SPSS versão 20.0. Resultados: Constatou-se que 68,1% dos pacientes estavam bem nutridos, 40,9% eram pertencentes a classe socioeconômica C e as doenças de base mais prevalentes que levaram ao uso da terapia foram as neurológicas. A via de acesso predominante foi a gastrostomia com 59,1%, a principal dieta utilizada é a industrializada e o tempo médio de uso da TNED entre os entrevistados foi de 3 anos e 6 meses. Não foram identificadas correlações com o estado nutricional. Conclusão: Os pacientes em TNED no município de Varginha - MG utilizam, predominantemente, dietas industrializadas via gastrostomia. Não foi identificado edemas e/ou estresse metabólico pelo exame físico realizado pela ANSG, caracterizando bom estado nutricional dos avaliados. A maioria dos avaliados pertencem a classe socioeconômica C.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Zaban ALRS. Nutrição enteral domiciliar: um novo modelo de gestão econômica do Sistema Único de Saúde [dissertação]. Brasília: Faculdade de Ciências da Saúde, Universidade de Brasília; 2009.

Ferreira CH. Análise da terapia nutricional enteral domiciliar em usuários da estratégia saúde da família [dissertação]. Teresina: Universidade Federal do Piauí; 2017.

Pereira TN, Silva KC, Pires ACL, Alves KPS, Lemos ASP, Jaime PC. Perfil das demandas judiciais para fornecimento de fórmulas nutricionais encaminhadas ao Ministério da Saúde do Brasil. Demetra: Alimentação, Nutrição & Saúde. 2014; 9:199-214.

Mazur CE, Schmidt ST, Rigon AS, Schieferdecker MEM. Terapia nutricional enteral domiciliar: interface entre direito humano à alimentação adequada e segurança alimentar e nutricional. Demetra: Alimentação, Nutrição & Saúde. 2014; 9(3):757-69.

Führ AL, Ciachi EMR. Possibilidades e limitações da terapia nutricional enteral na compreensão de cuidadores e profissionais de uma rede pública de saúde em região de fronteira. Demetra: Alimentação, Nutrição & Saúde. 2019; 14:e36926.

Silva AC, Silveira AS. Perfil epidemiológico e nutricional de usuários de nutrição enteral domiciliar. Demetra: Alimentação, Nutrição & saúde. 2014; 9(3):783-94.

Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa (br). Critério de classificação econômica Brasil (CCEB). São Paulo: ABEP; 2003.

Detsky AS, McLaughlin JR, Baker JP, Johnston N, Whittaker S, Mendelson RA, Jeejeebhoy KN. What is subjective global assessment of nutritional status? Journal of Parenteral and Enteral Nutrition. 1987; 11(1):8-13.

Chumlea WC, Guo S, Roche AF, Steinbaugh ML. Prediction of body weight for the nonambulatory elderly from anthropometry. Journal of the American Dietetic Association. 1988; 88(5):564-8.

Chumlea WMC, Guo SS, Steinbaugh ML. Prediction of stature from knee height for black and white adults and children with application to mobility-impaired or handicapped persons. Journal of the American Dietetic Association. 1994; 94 (12):1385-91.

Frisancho AR. New norms of upper limb fat and muscle areas for assessment of nutritional status. The American Journal of Clinical Nutrition. 1981; 34(11):2540-5.

Frisancho AR. Anthropometric standards for the assessment of growth and nutritional status. J Phys Anthropol. 1990; 84(1):189.

Burr ML, Phillips KM. Anthropometric norms in the elderly. British Journal of Nutrition. 1984; 51(2):165-9.

Blackburn GL, Thornton PA. Nutritional assessment of the hospitalized patient. The Medical Clinics of North America. 1979; 63(5):11103-15.

World Health Organization. Physical status: the use of and interpretation of anthropometry, Report of a WHO Expert Committee. 1995; 96:1104.

Lipschitz DA. Screening for nutritional status in the elderly. Primary care. 1994. 21(1):55-67.

Franca SC. Orientação multiprofissional e visita domiciliar no cuidado de pacientes com dieta enteral domiciliar [dissertação]. Botucatu: Universidade Estadual Paulista; 2018.

Ribeiro MCSA, Barata RB, Almeida MF, Silva ZP. Perfil sociodemográfico e padrão de utilização de serviços de saúde para usuários e não-usuários do SUS-PNAD 2003. Ciência & Saúde Coletiva. 2006; 11:1011-22.

Frías L, Puiggròs C, Calañas A, Cuerda C, García-Luna PP, Camarero E et al. Nutrición enteral domiciliaria em España: registro NADYA del año 2010. Nutrición Hospitalaria. 2012; 27(1):266-9.

Naves LK, Tronchin DMR. Nutrição enteral domiciliar: perfil dos usuários e cuidadores e os incidentes relacionados às sondas enterais. Revista Gaúcha de Enfermagem. 2018; 39.

Waitzberg DL. Nutrição oral, enteral e parenteral na pratica clínica. 4. ed. São Paulo: Atheneu; 2009.

Naves LK, Tronchin DMR. Incidência de extubação gástrica dos usuários em um programa de assistência domiciliar de um hospital universitário. Revista Latino-Americana de Enfermagem. 2012; 20(3):543-50.

Carnaúba CMD, Silva TDA, Viana JF, Alves JBN, Andrade NL, Filho EMT. Caracterização clínica e epidemiológica dos pacientes em atendimento domiciliar na cidade de Maceió, AL, Brasil. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia. 2017; 20(3).

Paccagnella A, Baruffi C, Pizzolato D, Favaro V, Marcon ML, Morello M et al. Home enteral nutrition in adults: a five-year (2001–2005) epidemiological analysis. Clinical Nutrition. 2008; 27(3):378-85.

Santos KFF, Alves FAL, Piovacari SMF, Oliveira FLC, Nóbrega FJ. Fármacos que podem provocar a doença diarreica. Rev Bras Nutr Clin. 2014; 29(4):352-9.

Henriques GS, Rosado GP. Formulação de dietas enterais artesanais e determinação da osmolalidade pelo método crioscópico. Revista de Nutrição. 1999; 12(3):225-32.

Ministério da Saúde (BR). Secretária de Atenção à Saúde. Caderno de Atenção Domiciliar. Brasília: 2015.

Lima G, Negrini NMM. Assistência farmacêutica na administração de medicamentos via sonda: escolha da forma farmacêutica adequada. Einstein. 2009; 7(1):9-17.

Menezes CS, Fortes RC. Caracterização dos idosos em terapia nutricional enteral domiciliar: um estudo de coorte retrospectivo. Revista de Pesquisa: Cuidado é fundamental online. 2018; 10(2):287-90.

Dantas, CMM. Relatório técnico/científico: protótipo de fixador de tubos orotraqueais, sondas nasogástricas, sondas enterais e balão de sengstaken-blakemore® com tracionador regulável por molas. Vassouras: Universidade de Vassouras; 2021.

Souto TC. Efeito da orientação multi ou uniprofissional na adaptação da alimentação do paciente em uso de nutrição enteral domiciliar [monografia]. Porto Alegre: Universidade Federal do Rio Grande do Sul; 2016.

Dengo DC, Benincá SC, Mazur CE, Valduga L. Terapia nutricional domiciliar: perfil nutricional dos usuários e qualidade microbiológica na preparação das fórmulas. Revista Uningá Review. 2018; 25(3).

Mello FS, Waisberg J, Silva MLN. Circunferência da panturrilha associa-se com o pior desfecho clínico em idosos internados. Geriatr Gerontol Aging. 2016; 10(2):80-5.

Downloads

Publicado

2021-08-18

Como Citar

1.
Prado Moraes Y, Caroline Faria Moreira D, Caroline de Souza Ágatta, Ribeiro Vieira Marques C. Perfil nutricional de usuários de terapia nutricional enteral domiciliar. HU Rev [Internet]. 18º de agosto de 2021 [citado 2º de novembro de 2024];47:1-9. Disponível em: https://periodicos.ufjf.br/index.php/hurevista/article/view/33923

Edição

Seção

Artigos Originais