Pênfigo vulgar e conceitos atuais para a prática odontológica: relato de caso

Autores

  • Bárbara Rodrigues Carvalho Universidade Estadual de Montes Claros – UNIMONTES
  • Ana Flávia Santos Queiroz Universidade Estadual de Montes Claros – UNIMONTES https://orcid.org/0000-0002-1611-2141
  • Érika Ferreira Martins Universidade Estadual de Montes Claros – UNIMONTES https://orcid.org/0000-0002-3062-6800
  • Maria Clara da Paz Dias Universidade Estadual de Montes Claros – UNIMONTES
  • Marco Tullio Brazão Silva Departamento de Odontologia, Universidade Estadual de Montes Claros – UNIMONTES

DOI:

https://doi.org/10.34019/1982-8047.2020.v46.31513

Palavras-chave:

Pênfigo, Manifestações Bucais, Doenças Autoimunes

Resumo

Introdução: O pênfigo vulgar (PV) é uma doença autoimune caracterizada pela formação de bolhas em mucosas e/ou pele que estouram facilmente, gerando lesões irregulares. O prognóstico depende de um tratamento precoce, reduzindo riscos de infecção secundária e/ou agravamento da doença que pode levar ao óbito. Objetivo: Relatar um caso clínico e sua condução com discussão pautada nos aspectos atuais da literatura sobre a doença com relação à abordagem odontológica.  Relato de Caso: Paciente do sexo feminino, 24 anos, leucoderma, com queixa de dor e descamação gengival que não regrediu após 1 ano de terapias focadas em controle de biofilme e hábitos de higiene bucal.  Ao exame extrabucal não foram observadas lesões. Ao exame intrabucal observou-se a ocorrência de eritema em gengiva marginal e papilar por vestibular com pequenos pontos de ulceração rasa e dolorosa. O teste de Nikolsky realizado com o auxílio de uma seringa resultou em positivo. Realizou-se na sequência uma biópsia incisional na região próxima a este local. A histopatologia mostrou lesão de mucosa por acantólise, com formação de fenda intraepitelial e células de Tzank, culminando no diagnóstico de PV. O tratamento consistiu em corticosteroides tópicos, principalmente às custas de Clobetasol em terapia oclusiva, mostrando adequado controle de úlceras e dor. Conclusão: Quadros de gengivite não associadas ao biofilme representam desafio na rotina do cirurgião-dentista, e o PV deve ser parte do rol de hipóteses para o desenvolvimento de uma propedêutica adequada, proporcionando qualidade de vida e diagnóstico precoce.

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Publicado

2021-02-03

Como Citar

1.
Carvalho BR, Queiroz AFS, Martins Érika F, Dias MC da P, Brazão Silva MT. Pênfigo vulgar e conceitos atuais para a prática odontológica: relato de caso. HU Rev [Internet]. 3º de fevereiro de 2021 [citado 2º de novembro de 2024];46:1-8. Disponível em: https://periodicos.ufjf.br/index.php/hurevista/article/view/31513

Edição

Seção

Relato de Caso