Conhecimento do tratamento de hiperfosfatemia e adesão às orientações nutricionais após intervenção em indivíduos em hemodiálise
DOI:
https://doi.org/10.34019/1982-8047.2019.v45.26123Palavras-chave:
Educação Alimentar e Nutricional, Diálise Renal, Hiperfosfatemia, Insuficiência Renal CrônicaResumo
Introdução: O controle da hiperfosfatemia é um desafio no tratamento de pacientes hemodialíticos, sendo um dos principais objetivos a serem alcançados. O acompanhamento nutricional e a prática de atividades educativas contribuem para o sucesso na adesão ao tratamento. Objetivo: Descrever, em indivíduos em hemodiálise, o conhecimento do tratamento da hiperfosfatemia, bem como avaliar o possível impacto das orientações nutricionais nos níveis séricos de fósforo após intervenção nutricional em participantes do programa de HD no Hospital Universitário na cidade de Juiz de Fora, MG. Material e métodos: Estudo quase-experimental, do tipo antes e depois com 35 pacientes em tratamento hemodialítico, com 18 anos ou mais, de ambos os sexos, em diálise há, pelo menos, dois meses e que haviam passado por, pelo menos, uma consulta com a nutricionista do setor. Foram coletados do prontuário dados sociodemográficos e clínicos e aplicados questionário de frequência alimentar adaptado e recordatório 24h para avaliação do consumo alimentar, além de questões fechadas sobre o conhecimento das causas da hiperfosfatemia, alimentos ricos em fósforo e uso de quelantes. A intervenção foi realizada mediante a utilização de cartilha educativa. Após a intervenção foram verificados os níveis séricos de fósforo, considerando hiperfosfatemia valores >5,5 mg/dL. Resultados: Na amostra, 57,1% (n=20) eram do sexo masculino, com média de idade de 61,8 ± 14,3 anos e tempo médio em diálise de 61,1 ± 68,9 meses. A prevalência de hiperfosfatemia antes da intervenção era de 60% (n=21) e ao final da intervenção houve redução para 25,7% (n=9). Houve diferença na redução dos níveis séricos de fósforo quando comparadas as médias antes e depois da intervenção [(5,9 ± 1,3 mg/dL; 4,9 ± 1,7 mg/dL; p<0,001)]. Conclusão: Os resultados mostraram que a intervenção educativa possivelmente contribuiu para melhorar a compreensão e adesão ao tratamento, tendo um papel complementar no manejo da hiperfosfatemia de pacientes dialíticos.
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