Hanseníase: incapacidades físicas e distribuição espacial em um município do Vale do Jequitinhonha/Minas Gerais
DOI:
https://doi.org/10.34019/1982-8047.2018.v44.16990Palavras-chave:
Hanseníase, Epidemiologia, Atenção Primária à Saúde, Distribuição Espacial da PopulaçãoResumo
Introdução: A hanseníase no Brasil ainda é considerada como doença de saúde pública. É cada vez mais necessária a adoção de medidas profiláticas para o controle e prevenção da doença. A análise espacial tem se despontado como eficaz para estratégia de planejamento das ações. Objetivos: analisar as características epidemiológicas da hanseníase relacionadas à ocorrência de incapacidades físicas e descrever a distribuição espacial de casos novos de hanseníase no município de Diamantina-MG entre os anos de 2001 a 2014. Material e Métodos: Trata-se de um estudo epidemiológico, transversal, descritivo e analítico. Os dados clínicos e socioeconômicos foram coletados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação. Os endereços foram georreferenciados através de técnicas de geoprocessamento, utilizando o software de acesso livre Qgis 2.18.0. Resultados: Foram diagnosticados 91 casos no período de estudo. As características que se associaram às incapacidades físicas foram: ser adulto (p=0,039), menos anos de estudo (p<0,001), forma clínica dimorfa (p<0,001) e modo de detecção passivo (p=0,024). Existe uma área de adoecimento na cidade. Conclusão: Sugere-se que existem dificuldades nos serviços de saúde para o controle e diagnóstico precoce da hanseníase. O estudo pode contribuir com gestores no planejamento das ações e com profissionais de saúde para busca ativa e diagnóstico precoce da hanseníase.
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