Padrão de acumulação e dinâmica da economia maranhense na década dos 2000
Palavras-chave:
Economia, Brasil, Maranhão, Acumulação, Crise, Mercado de trabalhoResumo
Este artigo versa sobre o padrão de acumulação do estado do Maranhão e sua dinâmica na década dos 2000. Inicialmente aborda-se o processo histórico de formação da economia maranhense a partir de sua articulação ao Antigo Sistema Colonial como pólo exportador de commodities agrícolas, evidenciando a vulnerabilidade desta economia ao ciclo externo e sua limitada diferenciação produtiva, quadro que se repõe a partir da instalação dos grandes projetos mínero-metalúrgicos e logísticos na década de 1980 e da crise que se segue na década seguinte. Uma avaliação do elevado dinamismo da economia maranhense na década de 2000 destaca os três vetores principais da expansão recente, quais sejam, as exportações de commodities agrícolas e minerais, a expansão das transferências federais e a expansão do crédito para o consumo e o financiamento imobiliário. Uma análise da dinâmica do mercado de trabalho nas duas décadas recentes e, em especial no período pós-crise financeira internacional, demonstra como permanece a vulnerabilidade desta economia ao ciclo internacional das commodities agrícolas e minerais. Por fim, discute-se o novo ciclo de investimentos no Maranhão, suas oportunidades e obstáculos, especialmente com a construção da Refinaria Premium I em Bacabeira e seus impactos na atividade econômica do estado. Palavras-chave: Economia – Brasil – Maranhão – Acumulação – Crise - Mercado de trabalho.