A filosofia da história entre a política e as virtudes epistêmicas: o caso de Louis Rougier

Autores

  • Alexandra Dias Ferraz Tedesco

DOI:

https://doi.org/10.34019/2448-2137.2023.41776

Resumo

O presente texto parte de um diálogo com um artigo publicado recentemente na revista HOPOS (Journal of the International Society for the History of Philosophy of Science), de autoria dos pesquisadores Fons Dewulf e Massimiliano Simons, intitulado “Positivism in Action: The case of Louis Rougier” (2020). No artigo, os pesquisadores abordam a trajetória pouco frequentada de Louis Rougier, filósofo francês cuja fortuna crítica associou-se à sua participação na rede de intelectuais liberais do pós-guerra e a sua função central na organização do Colóquio Walter Lippmann, ainda em 1938. Os autores abordam a trajetória de Rougier de maneira disciplinarmente inusual: procuram interpretar suas teorias filosóficas à luz de seus comprometimentos políticos, defendendo uma imbricação entre ambas as facetas do pensamento de Rougier. Quero sugerir que uma abordagem disposta a compreender as relações dinâmicas entre uma trajetória intelectual e seu entorno social se beneficia de uma abordagem como essa, às quais pode ser acrescida uma dimensão propriamente institucional das trajetórias intelectuais. Para observá-la, proponho acionar o debate sobre virtudes epistêmicas tal como tem sido pensado por autores como Herman Paul, Lorraine Daston e J. Dongen, com o objetivo de investigar se o debate sobre as non-textual things da atividade intelectual podem ser um caminho para transitar de forma profícua entre texto e contexto.

Palavras-chave: Virtudes epistêmicas. História da Filosofia. Louis Rougier. Liberalismo.

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Publicado

2023-08-29