PERCEPÇÃO/CAUSAÇÃO SENSORIAL: INTERNA E EXTERNA

Autores

  • Renato Schaeffer

DOI:

https://doi.org/10.34019/2448-2137.2011.17761

Resumo

A concepção atualmente predominante em áreas como a filosofia da mente, as ciências cognitivas e as neurociências acerca da natureza da percepção sensorial deriva da noção “representacionista” de que “idéias-perceptos”, ou “idéias-sensações”, são, como dizia DESCARTES, “afecções da mente” - de DESCARTES de que idéias-perceptos são “afecções da mente” - isto é: afecções de que a própria mente tem consciência. Tal noção foi adotada de modo praticamente unânime pela filosofia moderna - de GALILEU, HOBBES, DESCARTES etc. a até mesmo KANT. Se a mente tem consciência do percepto apenas enquanto objeto intencional “interno”, isto é, enquanto modificação mental, então o mundo percebido - o único, aliás, que conhecemos - adquire uma aura de irrealidade. A intuição de ARISTÓTELES de que a percepção é a apreensão imaterial de formas sensíveis (e inteligíveis) é conceitualmente mais satisfatória que o representacionismo, pois tais formas - ao contrário do ponto de vista “crítico” de KANT - pertencem à realidade, não à mente.

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Publicado

2018-08-14