A ÉTICA COMO ARTICULAÇÃO DA BONDADE E DA VONTADE DO HUMANO E DO DIVINO NO PENSAMENTO DE AGOSTINHO

Autores

  • Pedro Calixto Ferreira Filho Universidade Federal de Juiz de Fora

DOI:

https://doi.org/10.34019/2448-2137.2015.17666

Resumo

Esta breve investigação sobre a bondade divina e a bondade humana no pensamento de Agostinho tem como objetivo principal demonstrar que a filosofia prática de Agostinho é inteiramente predeterminada pela articulação da ideia de bondade tanto ontológica quando ética: a bondade é literalmente radical. A criação está intimamente associada ao bem, ela é pensada como efusão do bem absoluto. Neste sentido, o ser e o bem, a existência e a bondade são indiscerníveis. É o bem que penetra o âmago das criaturas e determina nelas o desejo de ser e de durar. Malgrado a finitude, implicando acidentalmente o mal como privação da bondade, a existência é um bem e a morte necessária à harmonia do todo. A verdadeira fonte do mal está na vontade humana. Porém, se o mal moral não existisse, o homem seria então privado de seu bem mais precioso que é a liberdade. Essas teses são testemunhas do otimismo do pensamento cristão. Otimismo quase sempre omitido nos estudos sobre a essência da ética no pensamento cristão que tem Agostinho como seu principal representante.

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Publicado

2018-08-07