A ESTRUTURA DA SENSAÇÃO NA COGNIÇÃO SENSÍVEL EM SANTO AGOSTINHO

Autores

  • Ricardo Evangelista Brandão UFPE/UFPB/UFRN

DOI:

https://doi.org/10.34019/2448-2137.2015.17662

Resumo

Segundo Agostinho o homem é composto por duas substâncias, corpo e alma, que embora distintas cooperam de maneira harmoniosa e necessária para formar o homem. No conhecimento sensível estas duas instâncias estão imbricadas, porém, nosso pensador adota o princípio Plotiniano de que algo de densidade ontológica superior afeta e não pode ser afetado pelo que tem densidade ontológica inferior, sendo a alma superior ao corpo ela afeta sem sofrer influxos do corpo. Assim sendo, como explicar o conhecimento sensível, que aparentemente requer influxos mútuos para a sua formação? O Hiponense responde a esse problema utilizando a estrutura da sensação, composta pela atenção da alma e as paixões corpóreas. Com essa estrutura o Filósofo explica que mesmo no referido tipo de conhecimento, a alma tem uma função eminentemente e exclusivamente ativa, visto que é ela que recolhe as afecções corpóreas mediante a direção de sua atenção para elas, tirando a si mesma do estado de ignorância do que acontece ao corpo e ao mundo externo.

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Publicado

2018-08-07