A BELEZA ONTOLÓGICA NA COSMOLOGIA FILOSÓFICA DE SANTO AGOSTINHO

Autores

  • Ricardo Evangelista Brandão Universidade Federal de Juiz de Fora

DOI:

https://doi.org/10.34019/2448-2137.2015.17660

Resumo

Santo Agostinho construiu a sua conceituação acerca da beleza do cosmos, motivado pelas inúmeras indagações e refutações maniqueias à cosmologia veterotestamentária as quais intencionavam demonstrar que a existência de algumas criaturas feias é a prova inquestionável de que o mundo sensível é a emanação resultada da mistura entre dois princípios ontológicos originários: a luz (o bem) e as trevas (o mal). Portanto, o problema fundamental levantado pelos discípulos de Mani é o seguinte: Se Deus é a única fonte do cosmos, e Ele é absolutamente e perfeitamente bom e belo, como explicar a existência de criaturas feias no cosmos. Contra os maniqueus, Agostinho defende a tese de que o cosmos é necessariamente belo, visto que Deus, além de criador é o mais perfeito que há, não poderia criar um mundo imperfeito, mal e despido de beleza. Portanto, o mundo é por natureza, perfeito, bom e belo.

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Publicado

2018-08-07