CREDERE ET INTELLEGERE, A ARTICULAÇÃO FÉ-INTELECÇÃO COMO FUNDAMENTO DA ASCENSÃO INTELECTUAL NO DE LIBERO ARBÍTRIO

Autores

  • Roberto Carlos Pignatari

DOI:

https://doi.org/10.34019/2448-2137.2015.17658

Resumo

Nosso objetivo visa apontar para a localização determinante, no contexto das assim chamadas “provas da existência de Deus” presentes no período dos diálogos de Cassicíaco-Roma, da polaridade credere-intellegere enquanto articulação primeira e ensejante da exposição relativa à ascensão do conhecimento humano, levada a efeito por Agostinho no livro II do De libero arbitrio, igualmente um tópico reiterativo na fase inicial (De quantitate animae xxxiii, 70 – xxxvi, 81; De ordine II, x, 25-37; De uera religione, xxix, 52 – xxxv, 67), bem como nas composições intermédias (Confessiones VII, xv-xviii; IX, x); e ainda nos grandes tratados dogmáticos (De trinitate XII, i, 1 – iv, 4; XV, i, 1 – ii, 3). Intentamos expor como a polaridade fé-intelecção, contemplando a postura cética da suspensão do juízo cognitivo partilhada por Evódio (De libero arbitrio II, ii, 5ss), qualifica a ambos os polos do binômio como assentados em relação de referência recíproca, vale dizer: na simultaneidade própria aos polos binomiais, que se mostrará como essencial ao desenvolvimento da visão agostiniana do conhecimento, matizando a articulação como atitude principial para a feitura cognitiva da realidade, consubstanciada, em nosso texto-base, no itinerário intelectual, via universo, àquele cujo conhecimento prévio no dado assentido in credere enseja sua consumação in intellegere.

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Publicado

2018-08-07