CAMINHOS RELACIONAIS: POSSÍVEIS DIÁLOGOS ENTRE LÉVINAS E RICOEUR ACERCA DA ALTERIDADE
DOI:
https://doi.org/10.34019/2448-2137.2016.17640Resumo
Lévinas vê relação ética na relação com o Infinito, “na dupla estrutura do infinito presente no finito, mas presente fora do finito”. Enquanto Husserl vê no cogito uma subjetividade sem nenhum apoio fora dela, e apresenta a própria ideia do infinito como objeto, Lévinas vê no cogito uma porta aberta – a não constituição do infinito em Descartes. Para nosso filósofo francês contemporâneo, a idéia do infinito não é objeto, mas através dela se revela o caráter transcendente da metafísica que precede a ontologia. A filosofia de Ricoeur se mostra como uma passagem de uma fenomenologia transcendental a uma fenomenologia propriamente ontológica. Sua atenção volta-se para mostrar os recursos de uma fenomenologia da vontade, na direção de uma passagem para a ontologia. A fenomenologia revela um não ser específico da vontade, algo como uma deficiência ontológica própria da vontade. A interpretação minuciosa dessa negação pode ser entendida como uma fenomenologia das paixões (ambição, avareza, ódio, etc.), uma reflexão filosófica sobre a culpabilidade.Downloads
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Publicado
2018-08-07
Edição
Seção
Artigos