Filosofia prática e seus fundamentos

Autores

  • Humberto Schubert Coelho Universidade Federal de Juiz de Fora

DOI:

https://doi.org/10.34019/2448-2137.2016.17634

Resumo

Neste ano, a celebração das Olimpíadas no Brasil reacende no imaginário popular o conceito mais concreto de ação, conforme a orientação ascética grega, da maestria através do exercício. Também no cenário político, observamos que a primazia da prática sobre a teoria não se dá de modo tão elegante e preciso como o fora concebido por Kant, mas antes associada a uma cultura de desprezo do teórico e do teorético como irreais e elitistas, redundando em uma consequente negação da ascese filosófica em favor das seduções de um confortável e superficial relativismo. Em face dos superlativos desafios enfrentados pelo Brasil e pelo mundo, imersos em um processo novo e complexo de hibridações culturais e quebras de paradigmas, a meditação filosófica mais do que naturalmente, normativamente, deveria orientar-se para os problemas prementes da atualidade, aplicando-se a eles de um modo compreensível e útil à coletividade, enquanto os cursos de filosofia permanecem esvaziados graças à nossa própria atitude preciosista, exegética e nosso apego ao formato autor-história que tanto entedia nossos alunos. Ou, alternativamente, se lhes oferece apenas o viés mais ideológico da meditação sobre ética, política e direito.

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Publicado

2018-08-07