OS LIMITES DA PALAVRA: PARMÊNIDES E O INDIZÍVEL
DOI:
https://doi.org/10.34019/2448-2137.2016.17621Resumo
A importância do papel de Parmênides na história da filosofia foi evidenciada por Hegel, quando chegou a considerá-lo o primeiro verdadeiro filósofo. No entanto, o hegelianismo e, com ele, a moderna história da filosofia acentuaram a descoberta parmenidiana do ser, deixando de lado a complexa noção de não-ser. Mas o próprio Parmênides, ao introduzir aquelas noções, se dedica mais à explicitação e à argumentação do não-ser, mostrando algumas características peculiares que acabam tendo consequências sobre a estruturação do discurso cognitivo. Uma destas características é a indizibilidade do não ser, demonstrada por Parmênides indiretamente. Com a afirmação da indizibilidade, Parmênides estabelece, pela primeira vez na história do pensamento ocidental, um limite para o uso da linguagem e, portanto, um critério para o desenvolvimento do discurso epistêmico, uma autêntica regra metalinguística. A presente análise procura evidenciar os argumentos de Parmênides a partir do texto do poema, revelando a sutileza da reflexão do eleata, o primeiro a introduzir a problemática da linguagem epistêmica na cultura ocidental.Downloads
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Publicado
2018-08-06
Edição
Seção
Artigos