Unidade básica amiga da saúde LGBT como executora de uma política transversal: um relato de experiência
DOI:
https://doi.org/10.34019/1809-8363.2023.v26.41111Palavras-chave:
Minorias Sexuais e de Gênero, Atenção Primária a Saúde, Educação em Saúde, Educação ContinuadaResumo
O projeto da “Unidade Básica de Saúde Amiga da Saúde LGBT” tem como ação principal a mudança de práticas assistenciais à saúde para o público LGBTQIA+ na atenção básica. Essa estratégia tem a finalidade de desconstruir o sistema que reforça a transgressão de direitos à saúde direcionada a esta população. Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência, com o objetivo de apresentar a experiência do projeto “UBS Amiga da Saúde LGBT[1]” para execução da Política Nacional de Saúde Integral de gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais (PNSILGBT) na Atenção Primária à Saúde de Salvador no ano de 2022. A partir da vivência de uma enfermeira residente vinculada ao Programa de Residência Multiprofissional em Saúde da Família, inserida na Secretaria Municipal de Saúde de Salvador de junho a agosto de 2022. Pode-se notar que durante esse ano a implantação da estratégia foi iniciada em dez unidades, destas quatro conseguiram alcançar os critérios para certificação. Pesquisas enfatizam que a Educação permanente e educação em saúde com foco na população LGBTQIA+ é uma grande ferramenta para modificação das práticas de cuidado ainda pautadas na LGBTfobia. Portanto, conclui-se que a qualificação dos serviços de saúde, proposta pela UBS Amiga, capacita profissionais de saúde, o que corrobora o acesso e acolhimento de maneira qualificada do público LGBTQIA+ de acordo com suas especificidades nas unidades de saúde.