Fatores associados à não adesão ao tratamento medicamentoso para hipertensão arterial sistêmica e diabetes mellitus entre adultos brasileiros: resultados do VIGITEL 2019

Autores

DOI:

https://doi.org/10.34019/1809-8363.2023.v26.38430

Palavras-chave:

Hipertensão, Diabetes Mellitus, Adesão à Medicação

Resumo

A hipertensão arterial sistêmica (HAS) e o diabetes mellitus (DM) foram as doenças crônicas não transmissíveis mais prevalentes no Brasil em 2019. Dentre os fatores que podem contribuir para o descontrole dessas doenças está o uso inadequado de medicamentos. O objetivo deste estudo foi verificar a prevalência e os fatores associados à não adesão ao tratamento medicamentoso para HAS e DM entre adultos residentes nas capitais brasileiras e no Distrito Federal. Trata-se de um estudo transversal de base populacional com dados da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (VIGITEL) de 2019. Foram incluídos indivíduos (≥ 18 anos) com diagnóstico de HAS e/ou DM. Não adesão ao tratamento medicamento para HAS e para DM foram os desfechos. As variáveis macrorregião de moradia, sexo, cor da pele, faixa etária, escolaridade, estado civil, autopercepção de saúde e posse de plano de saúde foram as exposições. Foram realizadas análises descritivas de todas as variáveis. Análises brutas utilizando o teste Qui-quadrado de Pearson e análises ajustadas utilizando Regressão de Poisson foram conduzidas para avaliar as associações. Foram estudados 52.443 indivíduos. As prevalências da não adesão para o tratamento medicamentoso para HAS e DM foram de 10,1% e 6,0%, respectivamente. Após análise ajustada, indivíduos do sexo feminino apresentaram uma menor probabilidade (RP: 0,67; IC95% 0,53-0,85) de não aderir ao tratamento medicamento para HAS, em comparação ao sexo masculino. A variável faixa-etária apresentou uma associação linear inversa com esse desfecho, ou seja, quanto maior a faixa etária, menor a probabilidade de não adesão ao tratamento medicamento para HAS (p<0,001). Não foram encontradas associações entre as variáveis independentes e a não adesão ao tratamento medicamentoso para DM. Em conclusão, destaca-se a necessidade de iniciativas e projetos governamentais que foquem nos grupos mais propensos à não adesão dos tratamentos medicamentosos.

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Biografia do Autor

Isabella Tessmann Moreira, Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC)

Graduanda em Medicina na Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC). CV: http://lattes.cnpq.br/4707314536753731

Vitória Gorini Raichle, Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC)

Graduada em Farmácia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e graduanada em Medicina na Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC). CV: http://lattes.cnpq.br/2055443434653734

Antônio Augusto Schäfer, Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC)

Graduado em Nutrição, mestre em Nutrição e Alimentos e doutor em Epidemiologia pela Universidade Federal de Pelotas. Professor titular da Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC). CV: http://lattes.cnpq.br/4540795632226935

Fernanda Oliveira Meller, Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC)

Graduada em Nutrição, mestra em Nutrição e Alimentos  e doutora em Epidemiologia pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel), com doutorado sanduíche em um período de doze meses na University College Cork (Irlanda). Professora titular da Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC). CV: http://lattes.cnpq.br/6617637460649591

Micaela Rabelo Quadra, Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC)

Graduada em Nutrição, mestra em Saúde Coletiva e doutoranda em Ciências da Saúde pela Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC).  CV: http://lattes.cnpq.br/0919212128597259

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Publicado

2023-11-23

Edição

Seção

Artigos Originais