A gerência de Unidades Básicas de Saúde no Vale do Jequitinhonha: entre a política nacional e o fazer regional
DOI:
https://doi.org/10.34019/1809-8363.2022.v25.37963Palavras-chave:
Administração de serviços de saúde, Atenção Primária à Saúde, Política de Saúde, Estratégia Saúde da FamíliaResumo
Buscou-se com este estudo problematizar como o texto da PNAB publicado em 2017 com a proposta de incluir gerentes na APS no Brasil tem sido apropriado e realizado regionalmente. Foi realizado um estudo do tipo exploratório, considerando tanto a abordagem quantitativa quanto qualitativa. Inicialmente, a pesquisa buscou conhecer o perfil dos profissionais de saúde que atuam como gerentes de Unidades Básicas de Saúde com equipe de Saúde da Família na região do Vale do Jequitinhonha por meio de um estudo transversal descritivo de abordagem quantitativa. Em seguida, foram realizadas entrevistas, para aprofundamento sobre como o processo da gerência acontece no dia a dia de trabalho. Percebeu-se que 96,23% das gerentes são do sexo feminino. Em relação à formação, a graduação predominante foi a enfermagem representando 98,08%, sendo que 86,79% relataram conciliar o exercício da gerência com outras atividades. Através de entrevistas, emergiram as seguintes categorias: O significado de gerência; gerência e assistência no dia a dia de trabalho; e a formação para a gerência. O processo de trabalho nas UBSs da região estudada expressa um trabalho precário no que se refere ao acúmulo das funções assistenciais e gerenciais, algo importante de ser considerado na construção de políticas nacionais. A formação permanente parece ser crucial para que mudanças possam ocorrer, porém aliado a isso faz-se necessário ampliar a consciência de que, na região, é preciso incorporar o cargo de gerente no processo de trabalho das equipes.