Programa de Controle do Tabaco: fatores associados ao risco de abandono do tratamento

Autores

DOI:

https://doi.org/10.34019/1809-8363.2022.v25.35466

Palavras-chave:

Atenção primária à saúde, Tabagismo, Abandono do uso do tabaco, Tratamento

Resumo

No Brasil, a prevalência de tabagismo ainda é elevada em pessoas portadoras de Condições Crônicas não Transmissíveis (CCNT). A compreensão dos modelos de atenção ao tabagista é essencial para se reduzir o abandono do tratamento. Objetivos: identificar as características sociodemográficas e de saúde dos indivíduos que buscaram o Programa Nacional de Controle do Tabaco (PNCT) em duas Unidades Básicas de Saúde (UBS) do município de Campinas, estimar o percentual de abandono do tratamento e elencar os fatores associados a esse desfecho. Metodologia: coorte histórico cujos dados foram obtidos, entre 2016 e 2019, em grupos de tratamento do PNCT. Para a realização da análise exploratória, a pesquisa incluiu 276 participantes, dos quais foram registradas suas variáveis sociodemográficas, condições de saúde, formas de uso do tabaco e participação no programa. Foram estimados o índice de abandono do tratamento e as possíveis relações com as variáveis significativas através de regressão múltipla. Resultados: a média de idade foi de 50,7 anos, com 60% do sexo feminino, 57,7% brancos, 52,2% com companheiro, 84,7% com filhos, 52,5% com ensino fundamental, 64% com renda entre um e dois salários, 40,1% trabalhando em setor de serviços e 58% católicos. O percentual de abandono do tratamento foi de 31%. A hipertensão se relacionou com o abandono do tratamento (p=0,030), reduzindo-o. Conclusão: o perfil dos indivíduos foi semelhante ao encontrado em outras pesquisas; indivíduos não hipertensos apresentaram maior índice de abandono. São necessários outros estudos que avaliem fatores associados ao abandono do tratamento.

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Biografia do Autor

Aline Leite de Oliveira Costa, Faculdade de medicina de Botucatu (UNESP-FMB)

Mestra em Saúde da Família pela UNESP, graduada em Medicina pela Faculdade de Medicina de Jundiaí com residencia médica em Medicina de família e comunidade. Professora da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUCCampinas) e da Faculdade de Medicina de Botucatu- Universidade Estadual Paulista (FMB-UNESP). CV: http://lattes.cnpq.br/8479834576501898

João Marcos Bernardes, Faculdade de medicina de Botucatu (UNESP-FMB)

Doutor em Saúde Coletiva, mestre em Engenharia de Produção e graduação em Fisioterapia. Professor da Faculdade de Medicina de Botucatu-Universidade Estadual Paulista (FMB-Unesp) . CV: http://lattes.cnpq.br/2547440001426087

Maria Cristina Pereira Lima, Faculdade de medicina de Botucatu (UNESP-FMB)

Doutora em Medicina Preventiva pela Universdiade de São Paulo (USP), com pós-doutorado no Centre for Addiction and Mental Health (Toronto University - ON), mestra em Ciências Médicas pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e graduada em Medicina pela Universidade Estadual Paulista (UNESP). CV: http://lattes.cnpq.br/2169124595816290

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Publicado

2022-08-16

Edição

Seção

Artigos Originais

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