A Importância da Atenção Primária à Saúde no acolhimento de pessoas transexuais
Palavras-chave:
Atenção Primária à Saúde, Violência de Gênero, Pessoas Transgênero, CuidadoResumo
Pessoas transexuais (trans) fazem parte do grupo das minorias sexuais. Estas são vítimas de violência e discriminação desde crianças, levando-as, em muitos casos, à margem da sociedade (PEREIRA, CHAZAN, 2019). Com os novos desafios trazidos, o Sistema Único de Saúde (SUS), enquanto sistema universal, equitativo e integral, precisou se aprimorar na atenção oferecida a esse grupo, muitas vezes tão esquecido pela saúde pública, sendo necessária a implementação de ações ao cuidado LGBT, de forma a facilitar o acesso desse grupo na atenção primária à Saúde (APS) (NEGREIROS et al, 2019). Objetivou-se revisar a literatura apresentando as dificuldades encontradas pelas minorias sexuais para ter acesso à Atenção Primária no SUS. Como metodologia, os dados para a realização deste resumo foram obtidos mediante pesquisa bibliográfica integrativa da literatura eletrônica, nas bases de dados SCIELO e Google Acadêmico. Sobre os resultados e discussão, no decorrer da história, transexuais vêm sendo tratados de maneira paradoxal, pois mesmo existindo disponibilidade para processo transexualizador, a transexualidade ainda é considerada por muitos como uma patologia psiquiátrica. As opressões sociais, muitas vezes, os impedem de buscar suporte de saúde correto, podendo ser considerados invisíveis perante o sistema da Atenção Primária. Entretanto, esses indivíduos possuem altas demandas ligadas à transtornos mentais, abuso de substâncias e hormônios, além da violência (MAGALHÃES, 2018). O SUS encara obstáculos para implementar a Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Intersexuais. Dessa forma, o médico da família e comunidade necessita estar preparado para prestar o auxílio adequado a esse público (VIEIRA et al, 2019). Em conclusão, sabe-se que a comunidade transexual possui acesso marginalizado à saúde e envolve altas demandas dos serviços desse setor. Assim, um atendimento de saúde adaptado a esse público é essencial para diminuir as desigualdades impostas na APS e reafirmar os direitos universais preconizados pela Constituição Brasileira, através do SUS.