USO DE BENZODIAZEPÍNICOS ASSOCIADO AO RISCO DE ACIDENTES POR QUEDAS EM IDOSOS

Resumo

Como consequência do envelhecimento populacional, observamos no Brasil um aumento da prevalência de doenças neurodegenerativas e psiquiátricas, ocasionando um maior número de pacientes idosos dependentes de drogas psicoativas em busca de melhor qualidade de vida. Os benzodiazepínicos apresentam como principais efeitos terapêuticos a sedação, a hipnose e o relaxamento muscular. Atuam diretamente no sistema nervoso central por meio de sedação e bloqueio α-adrenérgico, podendo levar a alterações psicomotoras e hipotensão postural.2,3 A facilidade ao acesso gerada pela distribuição gratuita desses medicamentos e o uso abusivo por alguns pacientes, além das prescrições indevidas, elevam a probabilidade de efeitos adversos, aumentando o risco de quedas nessa população.4 Em estudo retrospectivo com idosos no Brasil, Chaimowicz et al. observaram que 17% dos pacientes apresentaram pelo menos uma queda no ano anterior e verificaram que os benzodiazepínicos de meia-vida longa eram utilizados regularmente por 9,3% desses pacientes.