REFERÊNCIA E CONTRARREFERÊNCIA NA SAÚDE DA FAMÍLIA: PERCEPÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Palavras-chave:
Saúde da família, Referência e Consulta, Sistemas de Saúde.Resumo
Este estudo teve como objetivo verificar a opinião de profissionais de nível superior vinculados à Estratégia Saúde da Família (ESF) sobre o sistema de referência e contrarreferência, no contexto do Sistema Único de Saúde (SUS) em município do Norte de Minas Gerais, Brasil. Trata-se de estudo transversal, quantitativo e de cunho censitário. Participaram do estudo 95 profissionais de formação em enfermagem, odontologia e medicina. A maioria (98,9%) dos profissionais referencia os usuários da atenção primária à saúde-APS para os outros níveis de atenção, sem diferença entre as categorias profissionais (p>0,05). Os usuários referenciados encontram dificuldades para o atendimento em outros níveis de atenção. A maioria dos profissionais afirmou que os usuários dos serviços de saúde não são contrarreferenciados para a ESF, com diferença de opinião entre as categorias profissionais (p<0,001). Na visão dos entrevistados existe uma falha de comunicação entre os níveis de atenção no SUS. O que sugere um modelo fragmentado de saúde com problemas de acessibilidade, universalidade e integralidade da assistência.