ABANDONO ANUNCIADO AO TRATAMENTO DA TUBERCULOSE EM UMA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA DO RECIFE - A PERSPECTIVA DO USUÁRIO.

Autores

  • JOELMA FARIAS DE OLIVEIRA UPE
  • MARIA BERNADETE DE CERQUEIRA ANTUNES UPE

Palavras-chave:

Tuberculose, Programa saúde da família, Pacientes desistentes do tratamento.

Resumo

RESUMO

 

O objetivo desta pesquisa foi identificar os motivos associados à não adesão ao tratamento da tuberculose, na percepção do usuário, em uma Unidade de Saúde da Família do Recife. Realizou-se um estudo de natureza quali-quantitativa a partir da observação de variáveis relacionadas ao perfil do usuário e às características do tratamento, obtidas do livro de registro dos pacientes, ficha A e do software de dispensação da farmácia. Utilizou-se também um questionário semiestruturado para entrevista, conforme a metodologia da História Oral Temática, sendo entrevistados 11 dos 13 usuários que abandonaram o tratamento no ano de 2009. O estudo mostrou que 77% dos usuários eram do sexo masculino, 84,6 % tinham apenas de 1 a 7 anos de estudo concluídos, 61,5% estavam desempregados ou inseridos no mercado de trabalho informal, 84,6% faziam o tratamento autoadministrado e 61,5% consumiam bebida alcoólica, sendo este perfil esperado por ser bastante descrito em outros estudos sobre o tema, assim como o conteúdo das falas, em que a desinformação sobre a enfermidade, as condições sociais, a dependência do álcool, os efeitos do tratamento e fatores relacionados ao serviço de saúde foram os determinantes do abandono. O trabalho veio ratificar que a causa do abandono do tratamento é multifatorial, porém bastante previsível e possível de superação, especialmente para a população estudada, pois está adscrita a uma unidade de saúde da família que dispõe da farmácia da família, o que possibilita a identificação precoce e o acompanhamento dos casos de tuberculose de acordo com as singularidades dos sujeitos e condições socioculturais, em uma abordagem humana e intersetorial. Esta situação é favorável à manutenção do abandono dentro do valor aceitável pelo Ministério da Saúde (5%). 

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Publicado

2012-02-14

Edição

Seção

Artigos Originais