A PRÁTICA DE GRUPOS COMO POSSIBILIDADE DE PROMOÇÃO DA SÁUDE NO PROGRAMA SAÚDE DA FAMÍLIA

Autores

  • Natália Cássia Horta Universidade Federal de Minas Gerais
  • Roseni Rosângela de Sena Universidade Federal de Minas Gerais
  • Maria Elizabeth Oliveira Silva Pontifícia Universidade Católica
  • Tatiana Silva Tavares Universidade Federal de Minas Gerais
  • Isabela Marques Caldeira Universidade Federal de Minas Gerais

Palavras-chave:

Promoção da Saúde, Programa Saúde da Família, Grupos, Saúde de grupos específicos, Educação em Saúde

Resumo

A Promoção da Saúde tem sido apontada como um eixo essencial no Programa Saúde da Família (PSF). Entretanto, no cotidiano da assistência, as Equipes de Saúde da Família (ESF) encontram dificuldades na elaboração de estratégias para concretizá-la. Considerando a relevância da implementação de práticas com foco na Promoção da Saúde, este artigo tem como objetivo discutir a prática de grupos no PSF como uma das possibilidades da Promoção da Saúde. Foi elaborado a partir de um estudo de abordagem qualitativa, descritivo-exploratório, desenvolvido nos municípios de Belo Horizonte e Contagem. Foram entrevistados 28 profissionais de Equipes de Saúde da Família que indicaram a prática de grupos como forma de implementar ações de Promoção da Saúde. Evidencia-se, nos discursos, uma tendência em operar o conceito de Promoção da Saúde relacionado-o às atividades de prevenção de doenças. Os grupos são as principais ações realizadas com enfoque na Promoção da Saúde, sendo, na maioria das vezes, dirigidos a patologias específicas. Percebe-se que esses grupos funcionam como um espaço “racionalizador” do trabalho, uma vez que diminuem a demanda por consultas médicas e de enfermagem. Os entrevistados ressaltam a sobrecarga de trabalho como fator que dificulta a concretude de ações de promoção à saúde no trabalho do PSF. A partir da descrição e da análise dessas práticas, percebemos a utilização de metodologias educativas tradicionais, como as palestras objetivando mudanças de comportamento e hábitos por meio da transmissão de informações. Percebemos também pouca participação dos usuários nos grupos, pois esses muitas vezes não atendem suas necessidades sendo organizados de acordo com o interesse do profissional. Pode-se concluir que existe necessidade de avanços conceituais e práticos nas ações de grupos que sejam capazes de promover a saúde das pessoas com foco na cidadania, autonomia e empoderamento.

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Biografia do Autor

Natália Cássia Horta, Universidade Federal de Minas Gerais

Enfermeira, Pesquisadora do NUPEPE, Doutoranda pela Escola de Enfermagem da Universidade Federal de Minas Gerais - Departamento de Enfermagem Materno-Infantil e Sáude Pública; Professora do Curso de Enfermagem da PUC Minas.

Roseni Rosângela de Sena, Universidade Federal de Minas Gerais

Enfermeira, Coordenadora do NUPEPE, Doutora em Enfermagem pela Universidade de São Paulo, Professora Emérita da Escola de Enfermagem da UFMG.

Maria Elizabeth Oliveira Silva, Pontifícia Universidade Católica

Enfermeira, Pesquisadora do NUPEPE, Mestre em Enfermagem, Professora da PUC Minas

Tatiana Silva Tavares, Universidade Federal de Minas Gerais

Acadêmica de Enfermagem do 6º Período da Escola de Enfermagem da UFMG, bolsista de Iniciação Científica do NUPEPE.

Isabela Marques Caldeira, Universidade Federal de Minas Gerais

Acadêmica de Enfermagem do 6º Período da Escola de Enfermagem da UFMG, bolsista de Iniciação Científica do NUPEPE.

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Publicado

2009-05-06

Edição

Seção

Artigos Originais

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