15) Acessando a fonologia infantil: resultados experimentais e naturalísticos

Autores

  • Raquel Santana Santos (USP)

Resumo

Inglês: This paper was presented in the Methodological Aspects Session. Here, I am going to discuss the use of different methodologies to the access of child‟s phonology and the study of phonological acquisition. Specifically, in order to countering results, I am going to discuss the primary stress rule acquisition in Brazilian Portuguese and in Dutch, by discussing previous work on this topic. Naturalistic studies of Dutch and English point out that children begin with a trochaic pattern (strong-weak dissyllable)-(Fikkert 1994, Demuth 1995). These results are corroborated by experiments in the same languages (cf. Bree et al 2008, Juczyk et al 1993). In Brazilian Portuguese, however, this framework does not persist. Santos 2001, 2007ab and Bonilha 2005 use natura listic data and find, at first, an iambic pattern (weak-strong dissyllable); Rapp (1994), on the other hand, finds a trochaic pattern in an experimental study of production. This discrepancy leads us to question if the results could be influenced by the me thod applied. Baia 2008, Baia & Santos 2011 make a study comparing the results on the two methodologies and their conclusion is that the experimental studies actually point to a more trochaic pattern, whereas the naturalistic studies point to a more iambic pattern. The authors‟ conclusion is that the difference is a result of the analyzed word type: the experiments are regularly of picture naming, what favors the nouns, while in naturalistic data also appear the verbs, which are predominantly iambic.
Key-words: prosodic structure; phonological acquisition; methodologies.


Tradução:
Este trabalho compôs a mesa sobre Aspectos Metodológicos. Nele, discuto o uso de diferentes metodologias no acesso à fonologia da fala infantil e no estudo da aquisição fonológica. Especificamente, para comparar os resultados, discuto a aquisição da regra de acento primário no português brasileiro e no holandês, trazendo resultados de diferentes trabalhos sobre o assunto. Estudos naturalísticos do holandês e inglês apontam que as crianças começam com um padrão trocaico (dissílaba forte-fraca)– cf. Fikkert 1994, Demuth 1995. Estes estudos são corroborados por experimentos nas mesmas línguas (cf. Bree et al 2008, Jusczyk et al 1993). Em português brasileiro, entretanto, este padrão não se mantém. Santos 2001, 2007 abe Bonilha 2005 usam dados naturalísticos e encontram, no período inicial, um padrão iâmbico (dissílaba fraca-forte); Rapp (1994), por outro lado, encontra um padrão trocaico em um estudo experimental de produção. Esta discrepância nos resultados leva-nos a questionar se os resultados não estão sendo influenciados pelo método aplicado. Baia 2008 e Baia & Santos 2011 conduzem um estudo comparando os resultados nas duas metodologias e concluem que os estudos experimentais realmente apontam para um padrão mais trocaico, enquanto que os estudos naturalísticos apontam para um padrão mais iâmbico. As autor as concluem que a diferença é resultado do tipo de palavra analisada: os experimentos são normalmente do tipo de nomeação de figuras, o que favorece nomes, enquanto que em dados naturalísticos também aparecem verbos, que são predominantemente iâmbicos.
Palavras-chave:
estrutura prosódica; aquisição fonológica; metodologias.

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Publicado

2016-06-29

Edição

Seção

Artigos