https://periodicos.ufjf.br/index.php/veredas/issue/feedVeredas - Revista de Estudos Linguísticos2024-12-23T15:25:51+00:00Equipe Editorial da Veredasfabio.fortes@ufjf.brOpen Journal Systems<p>A Revista Veredas é uma publicação do Programa de Pós-Graduação em Linguística da Universidade Federal de Juiz de Fora <a href="https://www2.ufjf.br/portalperiodicos/">(Portal de Periódicos da UFJF)</a> e tem a missão de publicar artigos científicos, ensaios, traduções e resenhas, de caráter necessariamente inédito e de reconhecida qualidade acadêmica, produzidos por pesquisadores nacionais e estrangeiros, unicamente da área de Linguística, teórica e aplicada, em suas diversas subáreas.</p>https://periodicos.ufjf.br/index.php/veredas/article/view/45188Construindo um léxico sem palavras: por uma teoria de aquisição lexical baseada em morfemas2024-09-05T16:59:23+00:00Rafael Luis Beraldorberaldo@cabaladada.org<p>Neste trabalho, exploramos as implicações da adoção do conceito <em>palavra (morfológica) </em>como unidade fundamental no reconhecimento dos itens lexicais e na construção do léxico durante a aquisição da linguagem. Começamos revisitando as principais críticas que consideram a palavra insuficiente dos pontos de vista do armazenamento fonológico e semântico, do desencadeamento e da produção. Em seguida, apresentamos três conjuntos de evidências empíricas que contestam a centralidade da palavra e favorecem o morfema: (1) as primeiras produções das crianças adquirindo línguas polissintéticas; (2) a queda de desempenho como função de complexidade morfológica observada em um modelo computacional de aquisição lexical; e (3) a hipersegmentação na aquisição da língua escrita. Tendo sistematizado as evidências contrárias à palavra na aquisição lexical e motivados por essas questões, apontamos um caminho para conciliar teorias de aquisição lexical e de aquisição morfológica, conjugando as diferentes propostas já estabelecidas na literatura com uma visão não lexicalista da língua. Descrevemos um possível mecanismo de aquisição lexical no qual que a criança busca inicialmente as menores unidades que pode depreender dos dados de entrada – os morfemas –, promovendo assim a aquisição simultânea e equivalente de raízes e de afixos.</p>2024-12-23T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Veredas - Revista de Estudos Linguísticoshttps://periodicos.ufjf.br/index.php/veredas/article/view/45156A composicionalidade semântica dos diminutivos da fala infantil2024-11-28T12:55:41+00:00Marcela Nunes Costamarcelancosta@usp.br<p>O artigo tem como objetivos descrever a emergência de diminutivos composicionais e não composicionais na fala infantil (FI) e discutir a composicionalidade semântica como uma variável importante para a investigação da emergência de morfologia derivacional. Investiga-se se a FI apresenta padrões semelhantes aos da fala adulta direcionada à criança (FDC). São descritos os diminutivos registrados em transcrições da fala espontânea de seis crianças entre um e quatro anos de idade e dos adultos que com elas interagem. Propõe-se que a composicionalidade semântica não é suficiente para explicar o comportamento da emergência de diminutivos no <em>corpus</em> e que deve ser associada à transparência formal e à produtividade desse processo derivacional para a investigação da FI. As categorias semânticas identificadas (tamanho, afetividade e gradação), ainda que previstas translinguisticamente, são limitadas pelas circunstâncias de construção do <em>corpus</em> sob investigação.</p>2024-12-23T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Veredas - Revista de Estudos Linguísticoshttps://periodicos.ufjf.br/index.php/veredas/article/view/44734Morfologia Construcional: Linguística Cognitiva ou Linguística Gerativa?2024-08-20T15:17:11+00:00Janderson Luiz Lemos de Souzajanderson.souza@unifesp.br<p>A multiplicidade de teorias linguísticas dificulta a identificação de continuidades e descontinuidades entre elas, seus ramos, modelos de gramática e procedimentos de análise. No VI CBM, um dos modelos empregados foi a Morfologia Construcional, formulada por Geert Booij. Neste artigo, defendo um entendimento divergente do que identifica nesse modelo filiação epistemológica à Linguística Cognitiva. Minha conclusão é por sua caracterização como um modelo gerativo, se não ateórico. Para tanto, comparo o modelo de Geert Booij com o modelo de Joan Bybee (funcionalista) e o modelo de Ronald Langacker (cognitivista) e exemplifico o poder descritivo e explicativo de cada modelo com dados do português brasileiro e do português europeu.</p>2024-12-23T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Veredas - Revista de Estudos Linguísticoshttps://periodicos.ufjf.br/index.php/veredas/article/view/45499Análise morfológica de sinais da Libras que nomeiam municípios da Zona da Mata Mineira2024-11-28T12:46:18+00:00Mirella de Oliveira Pena Araújomirellaanjo3@gmail.comAline Garcia Rodero Takahirarodero.takahira@ufjf.brAndré Nogueira Xavierandrexavierufpr@gmail.com<table width="652"> <thead> <tr> <td width="465"> <p>Dick (1990) estabeleceu as bases da toponímia no Brasil e mostrou que os topônimos podem apresentar três estruturas principais: simples, composta ou híbrida, nesse último caso, formada por elementos de línguas diferentes. Souza-Junior (2012) foi o primeiro a investigar topônimos na Libras e, com base em Dick (1990), também identificou topônimos dos três tipos. O objetivo desta pesquisa é coletar sinais da Libras que nomeiam os municípios da Zona de Mata do estado de Minas Gerais e analisá-los morfologicamente com base em Rodero-Takahira (2015); Rodero-Takahira e Scher (2020) e Xavier e Ferreira (2021). Para este trabalho, foram coletados 122 sinais da Libras que nomeiam os municípios na Zona de Mata mineira de um acervo de topônimos, denominado Librassário e constituído através da colaboração de surdos mineiros. Nossos resultados mostram maior incidência de sinais híbridos (57%) e, dentre esses, de sinais compostos (79%). Entre os compostos, são mais frequentes os simultâneos (42%), seguidos dos mistos, sequenciais e simultâneos, (38%) e estes, dos sequenciais (20%).</p> </td> </tr> </thead> </table>2024-12-23T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Veredas - Revista de Estudos Linguísticoshttps://periodicos.ufjf.br/index.php/veredas/article/view/45490Empobrecimento de traços e recategorização em clíticos originalmente de 3a pessoa do português brasileiro2024-08-19T22:35:20+00:00Janayna Carvalhojanaynacarvalho@gmail.comAna Regina Calindroanacalindro@letras.ufrj.br<p>De um ponto de vista nanossintático, este trabalho examina o comportamento de clíticos originalmente da 3<sup>a</sup> pessoa – <em>se </em>e<em> lhe</em>, em mais profundidade, e o clítico <em>o</em>. Bem descritos em trabalhos sobre as mudanças pronominais brasileiras, os clíticos <em>se </em>e<em> lhe</em> têm duas características principais, relacionadas à marcação de Caso e à distribuição de pessoas do discurso, que fomentam esta análise. Em termos de Caso, os clíticos <em>se</em> e <em>lhe</em> perderam a possibilidade de serem licenciados como genitivo e dativo de 3<sup>a</sup>p. no português coloquial, estando confinados, atualmente, à realização do Caso acusativo. Curiosamente, os clíticos <em>lhe</em> e <em>se</em> são (também) usados para referência à 2<sup>a</sup> pessoa. Fazendo uso de hierarquias nanossintáticas, mostramos que essas duas características estão relacionadas e resultam de um rearranjo de traços desses dois clíticos. Logo, este trabalho contribui para o entendimento de como pequenas mudanças morfossintáticas podem ter largo impacto no arranjo pronominal de uma língua.</p>2024-12-23T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Veredas - Revista de Estudos Linguísticoshttps://periodicos.ufjf.br/index.php/veredas/article/view/45477Blending com nomes de animais em português brasileiro: aspectos morfofonológicos e de frequência lexical2024-11-28T12:51:17+00:00Luiz Carlos Schwindt schwindt@ufrgs.brÉrika Roseli Pereiraerikaroseli.pereira@gmail.comPedro Eugênio Gaggiolapedroe.gaggiola@gmail.com<p>Este artigo trata do processo de formação de palavras denominado blending em dados escritos do português brasileiro em perspectiva descritivo-quantitativa. O objetivo do trabalho é discorrer sobre aspectos morfofonológicos e lexicais implicados na emergência desse fenômeno. A amostra é constituída por blends formados por nomes de animais, organizada a partir de diferentes fontes. As principais variáveis exploradas são <em>número de sílabas, tonicidade do blend</em> e <em>de suas bases </em>e <em>frequência lexical das bases</em>. Os resultados apontaram para predomínio de blends paroxítonos polissilábicos formados por bases paroxítonas dissilábicas ou trissilábicas. Ainda, a tonicidade do blend mostrou-se categoricamente equivalente à tonicidade da segunda base que o forma. Quanto à frequência, tomando-se como referência o Corpus Brasileiro, as bases identificadas como mais frequentes apresentaram menos apagamentos segmentais se comparadas às bases menos frequentes.</p>2024-12-23T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Veredas - Revista de Estudos Linguísticoshttps://periodicos.ufjf.br/index.php/veredas/article/view/45256As construções reflexivas na língua Tenetehára-Guajajára2024-08-20T14:29:47+00:00Ana Claudia Menezes Araujoclaudia-ama@hotmail.com<p>O presente artigo tem como objetivo examinar as construções reflexivas da língua Tenetehára-Guajajára, da família Tupi-Guarani. Identificou-se que nessa língua há dois tipos de reflexivas, a saber: (i) reflexivas marcadas pelo morfema {ze-}; (ii) reflexivas não marcadas morfologicamente. Neste estudo, adotou-se uma abordagem pautada na relação morfologia-sintaxe, com destaque para as teorias de Haspelmath (2019); Alexiadou, Anagnostopolou e Schäfer (2015) e Kratzer (2009). Os resultados das análises mostraram que: i) embora o prefixo {ze-} seja o marcador de voz reflexiva, alguns verbos reflexivos em Guajajára podem figurar sem a presença do referido morfema; ii) os predicados reflexivos não fazem nenhuma distinção de pessoa, número ou gênero, portanto, podem ser interpretados localmente sem que traços- sejam morfologicamente realizados no prefixo {ze-} em núcleo de Voice.</p>2024-12-23T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Veredas - Revista de Estudos Linguísticoshttps://periodicos.ufjf.br/index.php/veredas/article/view/45189An exploration of 'cunt'-derived neologisms in present-day English2024-08-20T00:02:15+00:00Wellington Mendeswellington.matt@gmail.com<p>This paper explores the emergence of neologisms derived from the word "cunt" in contemporary English, particularly within the context of internet communication. Traditionally considered a rather offensive word in English, "cunt" has undergone a notable transformation in social media settings, acquiring more positive and varied connotations. An example of a “cunt”-related neologism is “I was bored, so I decided to cuntify my lighter” (X, 2024), in which “cuntify” means to make something more charming or appealing. Thus, this study aims to document and analyze the new uses of “cunt,” focusing on how they integrate into broader linguistic frameworks such as Derivational Morphology and Construction Grammar. The research involved extracting data from the social media platform X (formerly Twitter) to capture real-time usage of "cunt"-derived neologisms. By applying derivational suffixes listed by Crystal (2018), such as "-age," "-dom," "-ery," "-hood," "-ism," "-ocracy," and "-ship," the study identified a range of new terms like "cuntage," "cuntdom," "cuntery," "cunthood," "cuntism," "cuntocracy," and "cuntship." These neologisms reflect diverse meanings, often highlighting attributes like empowerment, boldness, and innovation. Analysis also identified potential analogies based on phonetic similarity, such as "cunter scale" mirroring "Richter scale," "cuntic" mirroring “Atlantic,” and "cuntette" aligning with "cadette," among others. These analogies likely arise from the term "cunt" being highly adaptable, allowing it to integrate seamlessly with various morphological structures and representations. Analysis also utilized Fillmore et al.'s (1988) framework for classifying constructions. The study found that "cunt"-related neologisms typically fall under decoding constructions, as they require contextual understanding for their meanings. Moreover, they adhere to standard grammatical rules, rendering them grammatical constructions, and they exhibit flexibility in form and meaning, characteristic of formal constructions. Findings also suggest that these neologisms are highly productive in present-day English, contributing to the evolving landscape of internet language and reflecting broader cultural shifts towards inclusivity and self-expression.</p>2024-12-23T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Veredas - Revista de Estudos Linguísticoshttps://periodicos.ufjf.br/index.php/veredas/article/view/45157Uma abordagem morfológica às dezenas cardinais do português brasileiro: -enta como um sufixo derivacional2024-08-19T23:51:04+00:00Fernando Valls Yoshidafevayo@usp.br<p>Este artigo desenvolve uma caracterização estritamente linguística da sufixação por <em>-enta</em> (<em>e.g.</em>, <em>oit-enta</em>), típica das dezenas cardinais do português brasileiro. Descritivamente, este trabalho avança a descrição deste sufixo nos termos de seu comportamento fonético-fonológico, morfofonológico e morfossintático. Além dos contextos de atribuição em NPs (<em>e.g.</em>, <em>oitenta estudantes</em>), derivações numerais inovadoras (<em>e.g.</em>, <em>oit-ent-ão</em> “homem de 80 anos”) são também consideradas. Analiticamente, e sob o arcabouço da Morfologia Distribuída (Halle; Marantz, 1993; <em>i.a.</em>), essas propriedades são derivadas de estruturas sintáticas de forma [[<em>n</em> [√enta]] √<em>x</em>], em que √<em>x</em> toma o lugar das raízes associadas a <em>três</em>, …, <em>nove</em>. Ao todo, este artigo integra o português brasileiro a um panorama mais amplo da variação morfológica de numerais e contribui para a caracterização geral dos numerais do português brasileiro.</p>2024-12-23T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Veredas - Revista de Estudos Linguísticoshttps://periodicos.ufjf.br/index.php/veredas/article/view/45144Nível de conhecimento e uso de blends do português brasileiro por parte dos falantes nativos2024-11-28T12:56:14+00:00Emerson Bragaemevibra@hotmail.comVera Pachecovera.pacheco@gmail.com<p>O presente artigo apresenta a análise do nível de conhecimento e uso de <em>blends</em> do português brasileiro. Este fenômeno é descrito como um processo de formação de palavras que mescla duas bases para designar uma terceira (Braga, 2023), apresentando supressão de material fonológico, como em <em>bicitáxi</em> (<em>bicicleta </em>+ <em>táxi</em>). Dada essa singularidade inerente ao fenômeno, propomos abordar a análise da percepção do seu conhecimento e uso por parte do falante nativo. Para isso, levantou-se o seguinte questionamento: Qual o nível de conhecimento e uso dos <em>blends</em> por parte dos falantes nativos? Como hipótese, considera-se que o nível de conhecimento do <em>blend</em> estaria associado à capacidade de decomposição semântica, por parte dos falantes nativos, das bases que os compõem e o nível do uso estaria relacionado ao contexto social em que o <em>blend</em> foi criado, entendendo o termo uso. Foi feita uma coleta via <em>Google Forms </em>para atestar o nível de conhecimento dos falantes sobre palavras constituídas por <em>blends</em>. Os resultados apontam que os juízes tendem a conhecer o <em>blend </em>pelos fragmentos que vão para o nível fonético, independente de fator social.</p>2024-12-23T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Veredas - Revista de Estudos Linguísticoshttps://periodicos.ufjf.br/index.php/veredas/article/view/45501Domínios de recursividade na morfologia avaliativa do português brasileiro2024-08-19T14:05:16+00:00Beatrice Monteirobeatricenascimento@frn.uespi.brCésar Elidio Marangoni Juniorcesar.marangoni@usp.br<p><span style="font-weight: 400;">Neste artigo, investigamos dados de morfologia avaliativa recursiva no português brasileiro (livr-equ-inh-o, film-ão-zaç-o), retirados da rede social X, de modo a observarmos, de maneira geral, quais interações semântico-pragmáticas e morfofonológicas são possíveis nesses casos e, de maneira específica, qual tipo de leitura semântica e quais expoentes formais são passíveis de ocorrer em posições mais externas. Após o levantamento e a análise de dados com formas de diminutivo (-uch, -ec e -(z)inh) e com formas de aumentativo (-(z)aç e –(z)ão), nós pudemos observar que: a) semanticamente, enquanto as posições internas podem contribuir com leituras semântico-pragmáticas diferentes, as posições mais externas contribuem com um significado de intensidade que tem escopo sobre a avaliação anterior; b) morfofonologicamente, o sufixo -(z)inh ocupa a posição mais externa em contextos de diminutivo, enquanto, para os aumentativos, a ordem entre -(z)aç e -(z)ão é variável.</span></p>2024-12-23T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Veredas - Revista de Estudos Linguísticoshttps://periodicos.ufjf.br/index.php/veredas/article/view/45495Propriedades morfossemânticas do duplo diminutivo no português 2024-08-19T14:25:35+00:00Pablo Nunes Ribeiropablonribeiro@yahoo.com.brRafaella Machado da Silvarafaella.machadosv@gmail.com<p>Este artigo investiga o comportamento morfossemântico de palavras com duplo diminutivo no português, como <em>chuvinhazinha,</em> <em>amarelinhozinho </em>e <em>pitadinhazinha</em>. O objetivo principal é determinar se o segundo diminutivo (DIM2) meramente intensifica o valor semântico do primeiro diminutivo (DIM1) ou se, em determinados contextos, introduz novos valores semânticos. A pesquisa utiliza os <em>corpora</em> eletrônicos do <em>Corpus do Português,</em> <em>NOW</em> e <em>Web/Dialects</em>, para analisar as ocorrências desses diminutivos em contextos reais de uso. Os resultados revelam que o duplo diminutivo pode intensificar o valor de DIM1 e, em alguns casos, adicionar um novo valor semântico, como afetividade, precisão e depreciação. Palavras com dimensão reduzida na base, como <em>pitadinhazinha</em>, exibem intensificação progressiva em ambos os diminutivos. Para capturar essas propriedades morfossemânticas, o estudo propõe esquemas para a representação do duplo diminutivo, fundamentados na Morfologia Relacional (Jackendoff; Audring, 2020), permitindo uma descrição detalhada das propriedades semântico-pragmáticas emergentes dessas formações em seus contextos particulares de uso.</p>2024-12-23T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Veredas - Revista de Estudos Linguísticoshttps://periodicos.ufjf.br/index.php/veredas/article/view/45489Simple nouns are not that simple2024-10-10T14:41:17+00:00Maurício Resendemauricio.s.resende@gmail.comRenato Bassormbasso@gmail.com<p>Este artigo apresenta e discute o comportamento de nomes simples que denotam eventos (NSDEs) sem contraparte verbal, tais como <em>tempestade</em> e <em>show</em>. Esses nomes levantam questões interessantes tanto para a Semântica de Eventos quanto para teorias morfológicas em suas interfaces com sintaxe e semântica, já que canonicamente se associa a denotação de eventos a estruturas verbais. Para tanto, ancorados no Modelo da Morfologia Distribuída (MD) (Halle & Marantz, 1993, 1994), nós abordamos as principais propriedades sintáticas e semânticas dos NSDEs e mostramos que tipo de ferramentas da MD podem ser usadas para acomodar esses casos. Na sequência, nós discutimos alguns casos de nominalizações de participantes de eventos; em particular, aquelas que indicam aspecto gramatical, como <em>vestibulando</em> e <em>cliente</em>. Finalmente, nós apresentamos uma análise preliminar para nomes simples que denotam estados e mostramos em que medida elas se aproximam ou se afastam dos NSDEs.</p>2024-12-23T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Veredas - Revista de Estudos Linguísticoshttps://periodicos.ufjf.br/index.php/veredas/article/view/45320O uso de antropônimos advindos de abreviações no português do Brasil2024-08-20T04:03:43+00:00Carlos Alexandre Gonçalvescarlexandre@bol.com.brSarina Batista dos Santossarinabatista16@gmail.com<p>O texto aborda as funções dos antropônimos advindos de abreviações na forma de alfabetismos, os quais são formados por uma sequência de letras soletradas, como em ‘JK’ (Juscelino Kubitschek), ['ƷƆ.tɐ.'ke], e ‘CR’ (Cristiano Ronaldo), [‘se.'Ɛ.xI]. Os dados foram recolhidos sobretudo do X (antigo <em>Tweeter</em>), <em>Instagram</em> e <em>Facebook</em>. O <em>corpus</em> conta hoje com cerca de duzentos dados. A análise é feita com base na morfologia construcional (Booij, 2010), uma vez que entendemos tais abreviações, como quaisquer outros nomes (antropônimos, hipocorísticos, oniônimos etc.) como construções gramaticais, ou seja, como pareamentos forma-significado. Defendemos, no texto, que há uma herança por subparte (Goldberg, 1995) do prenome para sua abreviação. Defendemos a existência de um molde prosódico atuando como parte da hierarquia construcional.</p>2024-12-23T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Veredas - Revista de Estudos Linguísticoshttps://periodicos.ufjf.br/index.php/veredas/article/view/45254A morfologia gramatical contextual e sua relação com a proporção da morfologia livre2024-08-20T00:08:48+00:00Eudes Mattoseudesbarlettam@gmail.comJoão Paulo Lazzarini-Cyrinojpcyrino@gmail.com<p>A expressão morfológica de significados gramaticais não só varia nas línguas do mundo quanto à forma – afixos, clíticos, partículas –, como também quanto a sua determinação pela sintaxe. Categorias gramaticais determinadas pela sintaxe, também chamadas de <em>morfossintáticas</em> ou <em>contextuais</em>, têm sido descritas sob a ótica de processos flexionais ligados ao interior da palavra; no entanto, muitas línguas usam morfologia livre para veicular significados gramaticais – existindo casos de expressão de categorias contextuais por partículas. Usando gramáticas descritivas de 19 línguas amostradas ao redor do mundo como fonte de dados, e quantificando frequências de morfemas livres ou presos, investigamos a correlação entre morfologia gramatical contextual e a proporção de morfologia gramatical livre. Há uma correlação negativa entre esses dois parâmetros, e uma tendência a maior expressão de categorias determinadas pela sintaxe em línguas com altos percentuais de morfologia presa.</p>2024-12-23T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Veredas - Revista de Estudos Linguísticos