Sacrilegens https://periodicos.ufjf.br/index.php/sacrilegens <p>A revista SACRILEGENS foi projetada em 2003, como um espaço para a publicação de artigos dos discentes do Programa de Pós-graduação em Ciência da Religião da UFJF. Atualmente, aceita colaborações de discentes e pesquisadores de outros programas e universidades. A partir de 2012 a revista passou a adotar a periodicidade semestral. As edições são on-line. Os trabalhos passam por avaliação duplo-cego pelos pares e estão sujeitos à aprovação dos conselhos Editorial e Consultivo.</p> <p> </p> <p>A SACRILEGENS recebeu a classificação (qualis) <strong>A3</strong> na avaliação do último quadriênio (2017-2020). Essa informação é pública e pode ser acessada na Plataforma Sucupira, através do <a title="deste link" href="https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/veiculoPublicacaoQualis/listaConsultaGeralPeriodicos.jsf">deste link</a>.</p> Universidade Federal de Juiz de Fora pt-BR Sacrilegens 1807-1295 <p><img src="https://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png" alt="Creative Commons License"> A Revista Sacrilegens é um periódico de acesso aberto, licenciada sob a licença <a href="http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/" rel="license">Creative Commons Attribution 4.0 International</a></p> Editorial https://periodicos.ufjf.br/index.php/sacrilegens/article/view/46328 Giovanna Sarto Mara Bontempo Reis Copyright (c) 2024 Giovanna Sarto; Mara Bontempo Reis https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-11-04 2024-11-04 21 Edição Especial Editorial do Dossiê https://periodicos.ufjf.br/index.php/sacrilegens/article/view/46088 <p>A acelerada degradação ambiental, aliada às profundas crises sociais, econômicas e políticas, exige uma reflexão crítica sobre os modos de vida que sustentamos. À vista disso, o VII CONACIR surge como uma resposta a essa urgência, buscando entender como diferentes campos do saber — especialmente a Ciência da Religião — podem contribuir para repensar nossas relações com o meio ambiente, as desigualdades e as responsabilidades éticas que decorrem de nossa ação sobre a Terra. Logo, a escolha deste tema foi motivada pela necessidade de trazer ao centro das discussões acadêmicas e públicas a intersecção entre religião, ciência, política e meio ambiente, em um momento em que as transformações climáticas e as injustiças sociais demandam novas perspectivas. Neste contexto, o Dossiê busca articular abordagens que não apenas analisem a crise social e ambiental, mas também proponham alternativas que nos conduzam a uma convivência mais justa, sustentável e esperançosa com o planeta e entre nós. Os textos reunidos, desde a conferência de abertura até as mesas temáticas, exploram as múltiplas dimensões da crise do Antropoceno sob uma perspectiva crítica e interdisciplinar. As mesas temáticas articulam autores e enfoques que examinam tanto as dimensões filosóficas quanto as práticas da crise contemporânea. Os textos, organizados de forma a integrar diferentes áreas do saber, como teologia, sociologia, ecologia e estudos decoloniais, reforçam o diálogo entre ciência e religião no contexto do Antropoceno, promovendo um debate qualificado dos desafios que enfrentamos.</p> Jungley Torres Copyright (c) 2024 Jungley Torres https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-11-04 2024-11-04 21 Edição Especial Religião e direito à esperança no Antropoceno https://periodicos.ufjf.br/index.php/sacrilegens/article/view/46142 <p>Este artigo explora a relação entre religião, ética e ciência no contexto do Antropoceno, uma era geológica marcada pelos impactos profundos das atividades humanas no meio ambiente. O conceito de Antropoceno desafia as divisões tradicionais entre ciências humanas e naturais, exigindo uma abordagem interdisciplinar que integre questões ecológicas, sociais e políticas. Na primeira parte, examinamos como as ações humanas, especialmente após a Revolução Industrial e a Segunda Guerra Mundial, aceleraram a degradação ambiental e colocaram em risco os ciclos naturais da Terra. Na segunda parte, focamos no conceito de esperança, destacando sua importância como força transformadora em tempos de crise. A esperança, vista não como passividade, mas como uma ação ética e ativa, é fundamental para enfrentar os desafios ambientais e sociais. O conceito de <em>noir profético</em> é introduzido como uma forma de reconhecer a gravidade da situação atual, sem cair no fatalismo. Concluímos que a esperança no Antropoceno é tanto um direito quanto uma responsabilidade, e que uma abordagem integrada entre religião, ciência e política é essencial para garantir um futuro sustentável e justo para as próximas gerações.</p> Presley Henrique Martins Jungley Torres Copyright (c) 2024 Presley Henrique Martins, Jungley Torres https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-11-04 2024-11-04 21 Edição Especial 10.34019/2237-6151.2024.v21.46142 Reimaginar lo religioso https://periodicos.ufjf.br/index.php/sacrilegens/article/view/44777 <p>Este texto é baseado na Conferência de Abertura da VII CONACIR, realizada em 21 de novembro de 2023. Propõe um repensar crítico da noção de utopia na era do antropoceno/capitaloceno a partir do lugar da categoria “religião” construída durante a modernidade. Nesse sentido, busca investigar a dimensão particularmente política das noções de antropoceno/capitaloceno e a funcionalidade da religião nessa dialética.</p> Nicolás Panotto Copyright (c) 2024 Nicolás Panotto https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-11-04 2024-11-04 21 Edição Especial 10.34019/2237-6151.2024.v21.44777 Esperança, música e imagem em mais uma prosa com Rubem Alves (e Nietzsche e Caetano Veloso) https://periodicos.ufjf.br/index.php/sacrilegens/article/view/44281 <p align="justify"><span style="font-family: Times New Roman, serif;">O texto trata do tema da esperança em Rubem Alves, privilegiando as questões da música e da imagem. Friedrich Nietzsche e Caetano Veloso são chamados à baila para agregar ideias, questões, nuances. Conservadorismo, realismo, cientificismo são problemas interpelados pelas noções de som, de imaginação, de embriaguez e do dionisismo.</span></p> Arnaldo Huff Copyright (c) 2024 Arnaldo Huff https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-11-04 2024-11-04 21 Edição Especial 10.34019/2237-6151.2024.v21.44281 Corpo e natureza https://periodicos.ufjf.br/index.php/sacrilegens/article/view/45163 <p>Por razões cronológicas e epistemológicas, uma vez que nosso autor de referência, Rubem Alves, morreu em 2014, este artigo não alcança discussões acerca, por exemplo, dos desafios do Antropoceno – até para evitarmos possíveis anacronismos. De todo modo, nossa proposta é de uma concepção antropológica contra-hegemônica no que se refere às relações entre humanidade e natureza (ou criação, em sentido teológico), aquelas que foram construídas e sustentadas por uma tríade: capitalismo, tecnologia e mercado. Com base em pesquisa bibliográfica e de interpretação densa de textos, nossos objetivos específicos ou secundários são os seguintes: (1) discutir como o dualismo contribuiu para disjunção entre ser humano e natureza; (2) apresentar e defender o corpo como locus privilegiado, no humano, para o acolhimento da criação, portanto, da natureza; e (3) apontar aberturas e caminhos para uma humanização cada vez maior do corpo e, consequentemente, do entendimento e aceitação da vida como dádiva. Esperamos demonstrar que a reflexão antropológica de Rubem Alves oferece elementos para uma proposta de novo humanismo, que não se encontra baseada numa compreensão dualista, mas, nates, num paradigma ecológico. Noutros termos, trata-se de um caminho para a compreensão de que a vida se baseia na convicção de que tudo está conectado.</p> Ceci Maria Costa Baptista Mariani Breno Martins Campos Copyright (c) 2024 Ceci Maria Costa Baptista Mariani, Breno Martins Campos https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-11-04 2024-11-04 21 Edição Especial 10.34019/2237-6151.2024.v21.45163 Entre espinhos e estrelas https://periodicos.ufjf.br/index.php/sacrilegens/article/view/45142 <p>Conhecido como o artífice protestante da Teologia da Libertação, pouca atenção tem sido dada ao forte acento que a Teologia da Esperança recebeu nos escritos teológicos de Rubem Alves. Minha hipótese é que Rubem Alves se inscreve também no campo da chamada Teologia da Esperança, que tem em Jürgen Moltmann seu autor mais conhecido. Encontramos em Rubem tanto uma teologia da libertação, quanto uma Teologia da Esperança. Uma só pode ser pensada em correlação com a outra.</p> Edson Fernando de Almeida Copyright (c) 2024 Edson Fernando de Almeida https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-11-04 2024-11-04 21 Edição Especial 10.34019/2237-6151.2024.v21.45142 Religião, política e os povos indígenas do Brasil https://periodicos.ufjf.br/index.php/sacrilegens/article/view/45472 <p>O antropoceno é, por definição, a dominação dos seres humanos sobre a natureza. Contudo, quando pensamos sobre esse domínio, é urgente nos referirmos ao modo de exploração e destruição que o sistema econômico atual empreende desde o século XVI sobre os povos e territórios, visto que se estamos no século definido por esse movimento, o que o cataliza é a colonialidade presente no pensamento político atual, que busca o poder através da dominação de tudo que subjugar, seja a natureza em si ou outros grupos humanos. Assim, neste artigo refletimos sobre os desafios do Antropocenono a partir da ótica decolonial da América Latina, sobretudo, os impactos deste nos grupos indígenas brasileiros.</p> Dalila Varela Singulane Copyright (c) 2024 Dalila Varela Singulane https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-11-04 2024-11-04 21 Edição Especial 10.34019/2237-6151.2024.v21.45472 Considerações sobre a Fenomenologia do Transe https://periodicos.ufjf.br/index.php/sacrilegens/article/view/44837 <p>O artigo aborda as diversas teorias e conceitos elaborados acerca da fenomenologia do transe e discute a aplicação genérica dos mesmos, no contexto afro-brasileiro. Propõe uma análise orgânica, desprovida de preconceitos e descolonializada sobre o tema. O autor oferece ainda reflexões autorais no que pertine ao fenômeno mediúnico no ambiente do Candomblé de matriz ioruba.</p> Márcio de Jagun Copyright (c) 2024 Márcio de Jagun https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-11-04 2024-11-04 21 Edição Especial 10.34019/2237-6151.2024.v21.44837 Sobre decolonialidade da fé e heteroteotopias https://periodicos.ufjf.br/index.php/sacrilegens/article/view/45167 <p>O presente trabalho possui como objetivo primário articular as noções de colonialidade da fé, heteroteotopia de terreiro e teogonia marginal das macumbas. Para dar conta dessa relação é preciso começar a caracterização da relação entre colonialidade e fé, algo não explícito em muitos estudos decoloniais. Em um segundo momento, é preciso questionar o sentido de heteroteotopia e como este conceito se relaciona com as experiências vividas de terreiro. Por fim, como as macumbas podem ser compreendidas como espação de reexistência sob a forma de uma teogonia marginal. A colonialidade se revela, como parece ficar claro, como fundo histórico a condicionar cada conceito e cada relação a ser tematizada. Devido à complexidade das questões levantadas, esse texto se quer provisório e sintético, aberto, portanto, a ulteriores reelaborações. Em que sentido, pergunto, a colonialidade deve ser conjugada com a noção de fé? Por que é preciso acrescentar à tríade colonialidade do ser, do saber e do poder a colonialidade da fé?</p> Alexandre Marques Cabral Copyright (c) 2024 Alexandre Marques Cabral https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-11-04 2024-11-04 21 Edição Especial 10.34019/2237-6151.2024.v21.45167