Instrumento: Revista de Estudo e Pesquisa em Educação
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<p>A <em>Instrumento: Revista de Estudo e Pesquisa em Educação</em> é um periódico do Colégio de Aplicação João XXIII da Universidade Federal de Juiz de Fora. As publicações ocorrem de forma digital, gratuita e em fluxo contínuo, com um volume anual.</p> <p>A revista publica artigos, ensaios e relatos de experiência inéditos, em português, espanhol ou inglês, resultantes de pesquisas empíricas ou teóricas na área da Educação. A missão da revista é contribuir com a formação e com a prática de professores e professoras das diversas áreas do conhecimento, em diferentes contextos e níveis educacionais. Possui avaliação B1 no Qualis/CAPES na área de Educação (2017-2020).</p>Universidade Federal de Juiz de Forapt-BRInstrumento: Revista de Estudo e Pesquisa em Educação1516-6368Popularizar para a convivência
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<p>A popularização da ciência aproxima o conhecimento da sociedade, sobretudo em contextos marcados pela desinformação. Este relato de experiência, de natureza qualitativa e abordagem descritiva e analítica, apresenta o processo de composição de quatro projetos de Iniciação Científica em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação desenvolvidos entre 2020 e 2025, voltados à divulgação científica sobre a aranha-marrom, espécie de relevância médica cuja comunicação exige esclarecer riscos reais sem produzir alarmismos. Para tal, sistematizou-se cada projeto segundo seus propósitos, métodos e resultados, a fim de subsidiar a construção de um percurso formativo e comunicacional orientado à popularização da ciência e à convivência ética com a fauna urbana, em diálogo com a biofilia, a bioética ambiental e as cidades multiespécies. Os resultados indicam que uma comunicação clara e sensível favorece relações mais éticas entre humanos e fauna urbana, reforçando a educação ambiental como fundamento para cidades conscientes, inclusivas e sustentáveis.</p>Marta LucianeGabriel Henrique Cadenas SieburgerKaz Rolim de Moura Born Caroline de Bastos Rodrigues
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2025-11-292025-11-292710.34019/1984-5499.2025.v27.49746Expediente
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Fernanda Bassoli
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2025-04-142025-04-1427Iniciação à docência, Educação de Jovens e Adultos, decolonialidade e letramentos
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<p class="resumoabstractresumen" style="margin-left: -42.55pt;">Este relato de experiência apresenta reflexões sobre a atuação no Projeto de Iniciação à Docência na Educação de Jovens e Adultos (PIDEJA), vinculado à Universidade Federal de Juiz de Fora, durante o período do ensino remoto. A partir de uma perspectiva decolonial, o texto propõe um olhar crítico para as práticas pedagógicas desenvolvidas com turmas da EJA, considerando os desafios da heterogeneidade das turmas, os efeitos da pandemia e os estigmas históricos que marcam esses sujeitos. Articulando os conceitos de multiletramentos, epistemologias do Sul e educação em direitos humanos, o trabalho destaca a importância de práticas que valorizem as experiências dos estudantes e contribuam para a formação crítica de professores. O PIDEJA é apresentado como espaço de formação docente sensível às dimensões sociais e políticas da educação.</p>Juliana Auler Matheus Rodrigues
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2025-11-172025-11-172710.34019/1984-5499.2025.v27.48394Entre encruzilhadas e afetos
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<p>Este relato de experiência reconstitui criticamente minha trajetória de nove anos (2016-2025) como professora de Língua Inglesa no Colégio de Aplicação João XXIII (CAp), abordando vivências multifacetadas na docência, formação de professores, gestão e pesquisa. O texto articula a narrativa autobiográfica com referenciais teóricos como a Teoria Sociocultural de Vigotski, os estudos decoloniais e a Pedagogia das Encruzilhadas. O objetivo é refletir sobre os processos de mediação pedagógica, os atravessamentos relacionais e a escola como espaço de produção de conhecimento. A metodologia baseia-se na memória reflexiva e na análise da pesquisa de doutorado desenvolvida no CAp, cujos resultados evidenciam o Desenvolvimento Mediado como potência transformadora. Conclui-se reafirmando a educação pública como território de resistência, afeto e esperança.</p>Bruna Quartarolo Vargas
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2025-11-172025-11-172710.34019/1984-5499.2025.v27.50353Apresentação do Dossiê “Pesquisa Com bebês e crianças”
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<p>Não tem</p>Luiz Miguel PereiraDenise Wildner ThevesFlávio S Santiago
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2025-11-022025-11-0227Existências em Trânsito
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<p>O artigo discute a importância da Geografia da Infância no Brasil para entender as vivências espaciais infantis, com foco em crianças-migrantes-estrangeiras. Explora como o campo teórico, revisitando suas bases e dialogando com as perspectivas pós-qualitativas, valoriza as crianças e assim, o protagonismo infantil na relação com espaços e territórios. Defende uma abordagem que reconheça a diversidade e singularidade das infâncias e suas múltiplas geografias.</p>Joaquim RauberAlana Morari Rauber
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2025-09-192025-09-192710.34019/1984-5499.2025.v27.48404Um olhar possível para pesquisas com bebês e crianças nas Amazônias a partir da Sociologia da Infância
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<p>Este artigo pretende apresentar alguns elementos da perspectiva teórica da Sociologia da Infância e sua importância para os estudos sobre as infâncias e a educação na região amazônica, considerando a necessidade de escuta das crianças e dos povos dos territórios do campo, das águas e das florestas. Trata-se de uma revisão de literatura de autores clássicos desse campo, como William Corsaro, Manuel Sarmento e Jens Qvortrup, em que são discutidos conceitos e formulações que alteraram a forma de ver as crianças e as infâncias, principalmente a partir dos anos 1990 no Brasil. Tendo como fundamento metodológico a pesquisa qualitativa com análise documental, espera-se proporcionar uma visão geral desse aporte teórico, problematizando as relações sociais nas Amazônias e a necessidade de ampliação de estudos que apresentem de fato as crianças como protagonistas e produtoras de cultura em contexto amazônico.</p>Maria Aparecida Antero Correia
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2025-07-242025-07-2427A criança cidadã e o tempo presente
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<p>Este texto buscou fazer um estudo sobre a condição da criança no processo de construção da cidadania. Ancorada nos estudos da Geografia da Infância, esta investigação defende o direito da criança/estudante/cidadã em participar de forma ativa nas decisões políticas. Através da pesquisa qualitativa e da observação participante, produziu-se com as crianças mapas vivenciais do ambiente escolar e do seu entorno. As crianças atuam nos espaços interagindo com seus pares, com os adultos e com a sociedade na qual estão inseridas. Nessa perspectiva, elas se constituem como sujeitos com capacidades de transformar os espaços, notadamente, pelo sentimento de pertencerem a um grupo social com uma identidade própria.</p>Baltasar Fernandes Garcia FilhoDiego Corrêa Maia
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2025-07-242025-07-2427Pesquisar com crianças
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<p>O artigo é decorrente de uma pesquisa com crianças sobre amizades na Educação Infantil, no campo dos Estudos Sociais da Infância, cujo objetivo é discutir a ambientação do pesquisador no processo investigativo. Metodologicamente, trata-se de uma pesquisa etnográfica com crianças de 3 e 5 anos de idade em uma Escola Municipal de Educação Infantil. As estratégias de geração dos dados da pesquisa foram observação, diário de campo, conversas com as crianças e proposição de desenhos temáticos. O <em>corpus</em> de análise são episódios dos registros de campo, a partir dos quais serão discutidos os seguintes aspectos: o encontro do pesquisador com as crianças das turmas de 3 e de 5 anos na Escola de Educação Infantil; e a constituição de vínculos com as crianças no processo de ambientação do pesquisador em campo. Com base no artigo, infere-se a importância de que as contribuições das crianças nas pesquisas mobilizem o fazer investigativo, bem como as discussões conceituais propostas a partir da problematização do adultocentrismo que geralmente subjaz as investigações desse tipo.</p>Sandro MachadoRodrigo Saballa de Carvalho
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2025-08-252025-08-2527Entre os lugares e brincadeiras
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<p>O presente artigo apresenta parte dos resultados de uma pesquisa de mestrado realizada com crianças na educação infantil, na qual o pesquisador foi recebido por elas como um “aluno novo”. Nesta condição especial proporcionada pela pesquisa de campo, foi possível realizar a escuta das crianças por meio da participação nas brincadeiras com elas, conhecendo a maneira como experenciavam os lugares na instituição e como construíam suas maneiras de ocupá-los por meio de suas culturas de pares. Por meio de registros fotográficos, gravação de voz, vídeos feitos pelas crianças em suas manifestações brincantes, verificaram-se os desafios de romper com posturas adultocêntricas, tanto no âmbito da pesquisa, quanto na maneira de retratar os dados na escrita científica. Desse modo, o presente texto busca dialogar com aspectos relacionados à pesquisa com crianças, por meio das oportunidades ao se adentrar no universo infantil, utilizando-se da brincadeira como principal maneira de conhecer as culturas de pares.</p>Monique Aparecida VoltarelliLOURENÇO SILVA TEIXEIRA
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2025-06-232025-06-2327Teatro “de” e “com” bebês andantes e crianças pequenas
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<p>O texto é referente aos estudos de pesquisa do estágio pós-doutoral realizado no programa de pós-graduação em Educação pela Universidade Federal de Juiz de Fora. O objetivo deste artigo é apresentar uma proposta de atividade estética para bebês andantes e crianças, em dois espaços da educação infantil, assumindo o princípio metodológico da pesquisa com. Os estudos bakhtinianos e a teoria histórico-cultural embasam o recorte teórico que dialoga com a proposta de um teatro “de” e “com” bebês andantes e crianças pequenas, possibilitando atravessamentos epistemológicos entre conceitos que embasam a pesquisa com participação, enunciação, acontecimento, brincadeira, teatralidade do humano, releitura, escuta sensível, linguagem, autoria, cooperação, estética... A escolha de fazer uma releitura de Hamlet com os bebês andantes e crianças pequenas foi inspirada nas resenhas teatrais de Vigotski e de seus estudos sobre “A tragédia de Hamlet, o príncipe da Dinamarca”, sua monografia, publicada em 1916.</p>Jader Janer Moreira LopesLuiz Miguel Pereira
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2025-08-142025-08-1427Outras geografias do útero-barriga como o primeiro território de nossas infâncias
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<p>Este trabalho busca compartilhar um exercício de argumentação crítico-reflexiva como produto do contexto de nossas práticas de formação e pesquisa, em torno do tema denominado "Pedagogias ancestrais" que faz parte do Programa de Licenciatura de la Madre Tierra (LMT) da Universidade de Antióquia-Colômbia, em diálogo com o México. Assim, pretende compreender as infâncias a partir de outras perspectivas epistêmicas, abordando as concepções do útero-ventre como primeiro território da vida e as suas geografias e processos, discutindo a reconstituição epistêmica da ancestralidade e seus processos como saber-conhecimento subalternizado e colonizado, a fim de potencializar criticamente as Pedagogias ancestrais como base epistêmica descolonizadora, tanto para os estudos sobre a infância quanto para a formação de profissionais e pesquisadores sobre o cuidado da criança e da vida. Para tal, metodologias horizontais são propostas em diálogo, a partir da comunalidade e ecologias de conhecimento. </p>Patrícia Medina MelgarejoSabinee Yuliet Sinigüí RamírezMaritza Cartagena Muñoz
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2025-10-302025-10-302710.34019/1984-5499.2025.v27.48546Pesquisas com crianças como ato político
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<p>O artigo propõe uma reflexão crítica sobre os fundamentos éticos, epistemológicos e metodológicos das pesquisas com crianças pequenas, incluindo bebês, à luz dos Estudos da Infância. Parte-se da constatação de que, apesar dos avanços teóricos, ainda predominam práticas investigativas que silenciam ou instrumentalizam as vozes infantis, especialmente em contextos de vulnerabilidade social. O objetivo é analisar os deslocamentos necessários para reconhecer as crianças como sujeitos epistêmicos e coautores do conhecimento. Trata-se de uma pesquisa de natureza teórica, fundamentada na análise crítica de produções científicas. Os principais resultados indicam que pesquisar com crianças exige escutas sensíveis, metodologias implicadas e uma ética relacional comprometida com a dignidade, a presença e os direitos das infâncias.</p>Cleriston Izidro dos AnjosLaíse Soares LimaNoélia Rodrigues dos Santos
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2025-07-252025-07-2527Crianças, criação estética e autorias
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<p>O texto discute alguns princípios conceituais relacionados à Filosofia da Linguagem de Mikhail Bakhtin, principalmente no que se refere à sua Estética, para buscar afirmar e compreender o papel constitutivo da linguagem na consideração das crianças como sujeitos na cultura, capazes de criação estética, de enunciação e de autorias, desde seus primeiros momentos de vida. Busca trazer alguns dados de pesquisa para compreender a centralidade e exigibilidade da discussão filosófica do conceito de criação, para repensar as relações formativas com crianças.</p>Marisol Marisol BarencoMárcia de Souza Menezes Concencio
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2025-08-142025-08-1427Reflexões sobre o pesquisar-com crianças cegas e crianças surdas
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<p>Este artigo apresenta experiências de pesquisa com crianças cegas e surdas, destacando suas percepções sobre o mundo e como essas vivências podem construir cultura. Em oposição à visão social que enfatiza diagnósticos e deficiências, as ideias vigotskianas indicam que o que prejudica as crianças surdas ou cegas são os obstáculos sociais, como a falta de acessibilidade e a crença na incapacidade de participar da cultura. A pesquisa adotou a abordagem de “pesquisar-com” as crianças, com conceitos como cronotopo e equipotência de vozes (Bakhtin 2010 e 2016), vivência (Vigotski, 2018) e mapas vivenciais (Lopes,2021), ressaltando a importância da participação ativa das crianças. A pesquisa com crianças surdas mostrou como, por meio de brincadeiras livres, elas expressam suas percepções. Já a pesquisa com crianças cegas demonstrou como elas criam histórias e culturas nos espaços que ocupam, sendo protagonistas de suas vivências e contribuindo para a construção da cultura.</p>Luciana ArrudaMARIA CARMEN TORRES
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2025-09-032025-09-0327Paisagem, espaço geográfico e mapas
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<p>O presente texto registra um relato de experiência vivida por professores do Ensino Fundamental que atuam na Educação Básica da cidade do Rio de Janeiro durante a campanha 21 dias de ativismo contra o racismo. É importante sublinhar que este trabalho recobre os estudos de Geografia em prol das relações étnico-raciais, com o objetivo de promover a cultura africana numa perspectiva antirracista respaldado na Lei 10.639/2003, que se inclui como obrigatório o ensino sobre a História e cultura afrobrasileira e africanas. Diante deste quadro que possui como foco a infância, dialogamos com as crianças do sexto ano sobre os conceitos de espaço geográfico e paisagem, bem como o uso e produção de mapas em favor da visibilidade da geografia africana, na tentativa de qualificar saberes e questionar as cartografias estabelecidas que posicionam a Europa como território central na representação geográfica.</p>Vinícius de Luna Chagas CostaAna Beatriz SilvaDiomario da Silva Junior da Silva Junior
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2025-05-062025-05-0627“Eu fiz o mapa que você tem que escolher o caminho que vai seguir”
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<p>No texto relatam-se experiências que emanam dos recortes da pesquisa “Quando eu olho de longe vejo mais. Quando eu chego mais perto vejo melhor as coisas que tem” – A Geografia Escolar nos anos iniciais do Ensino Fundamental: problematizações. O percurso da investigação de que trata esse texto foi realizado em uma turma de primeiro ano do Ensino Fundamental em uma escola da rede pública estadual, localizada em Porto Alegre (RS), com o objetivo de refletir com dispositivos para o desenvolvimento da Geografia Escolar com os anos iniciais do Ensino Fundamental. Assim, foram propostas atividades com o uso de mapas, ancoradas nos estudos da Geografia da Infância e estudos de Lopes (diversas obras) e Vigotski (2010) e feitos mapas vivenciais. Esses momentos registrados em notas de campo, foram profícuos para conhecer as espacialidades das crianças, revelando suas lógicas e autorias. Além disso, reafirmaram a importância das pesquisas com as crianças, com as quais se dialoga com a docência e a formação de professores. </p>Denise ThevesVitoria Angela PaimCássia Yurica Cardoso Ribas
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2025-08-142025-08-1427A pesquisa-ação colaborativa
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<p>Este artigo mostra o papel da pesquisa-ação-colaborativa (PAC) (Monceau, 2015) no contexto da proteção da infância (Robin, 2021) na França, destacando a importância de considerar a(s) voz(es) das crianças e de suas famílias. Focaremos nos tempos de 'participação observante' (Soulé, 2007) conduzidos com Carolina, uma educadora especializada, que ilustra como as dinâmicas participativas e colaborativas podem ser integradas nas práticas educativas. O estudo mostra que o reconhecimento da voz das crianças requer uma relação de confiança que leva tempo para se estabelecer. Os momentos de trocas informais são identificados como espaços propícios para a expressão autêntica das crianças e dos pais. Os educadores puderam, por meio dessa abordagem, questionar suas práticas profissionais ao se apropriar das ferramentas experimentadas na pesquisa. Embora os resultados destaquem vários desafios na integração dessas ações nas práticas cotidianas, a pesquisa-ação revela-se eficiente para a formação contínua dos profissionais e contribui para mudanças de postura.</p>Silvia Helena ValentimPascal Fugier
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2025-09-112025-09-1127Enfrentamento à violência escolar
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<p>O estudo foi conduzido a partir do cenário crescente de violência nas escolas, o que evidencia a necessidade de repensar a formação dos futuros profissionais da educação. A pergunta de pesquisa formulada foi: como a formação inicial em Psicologia e Pedagogia prepara os estudantes para enfrentar a violência escolar? Assim, o objetivo foi compreender de que modo essa formação capacita os estudantes para atuar diante da violência cotidiana no ambiente escolar. Para isso, foram realizados Grupos de Discussão com alunos dos cursos de Psicologia e Pedagogia. Os resultados foram organizados em categorias que abordam a compreensão dos participantes sobre a violência escolar, suas perspectivas sobre prevenção e enfrentamento, além de sugestões para o aprimoramento da formação inicial e da futura atuação profissional. As conclusões destacam a necessidade de aprofundar a discussão teórica, de forma crítica e reflexiva, a fim de embasar práticas e técnicas que promovam uma cultura de paz, contribuindo para o aprimoramento do clima e da convivência escolar</p>VITÓRIA PRADO RAMOSRodrigo Toledo
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2025-11-302025-11-302710.34019/1984-5499.2025.v27.49591Entre o cuidado e a violência
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<p>A violência/abuso sexual contra meninos cometida por mulheres permanece pouco visibilizada, em razão de representações de gênero que associam o feminino a uma ideia essencialista de cuidado, muito vinculada também à representação idealizada de maternidade. Este artigo tem como objetivo problematizar esse fenômeno, analisando seus silenciamentos sociais e implicações para a Educação. Para tanto, com aporte dos Estudos de Gênero e em uma perspectiva pós-estruturalista de análise, mobilizamos literatura científica, produções culturais e notícias jornalísticas, além de dados oficiais da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos. Os resultados indicam que, embora menos frequentes, esses casos existem, geram impactos significativos e são frequentemente suavizados pela mídia ou até mesmo por algumas famílias, que interpretam tais fatos como uma iniciação sexual para os meninos. Considera-se que o enfrentamento a esse tipo de violência requer pesquisas específicas, formação docente crítica e políticas públicas que reconheçam meninos como vítimas e mulheres como possíveis agressoras.</p>Cristiano Eduardo da RosaJane Felipe
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2025-11-142025-11-142710.34019/1984-5499.2025.v27.50238Empirismo, Natureza e Educação
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<p>O pensamento de John Locke exerceu influência significativa na filosofia moderna e nas concepções educacionais ao defender o empirismo como base do conhecimento, contrapondo-se ao inatismo racionalista. Segundo Locke, a mente humana seria uma “tábula rasa”, sendo moldada pelas experiências sensíveis. Este artigo tem como objetivo analisar como os fundamentos do empirismo lockeano, em diálogo com a proposta educativa de Jean-Jacques Rousseau, impactam práticas pedagógicas contemporâneas. A metodologia adotada é a revisão bibliográfica de obras originais e de autores que discutem a influência desses pensadores na educação. Os resultados indicam que ambos valorizam a experiência como eixo da aprendizagem, bem como o desenvolvimento da razão, da moral e da autonomia. Suas concepções pedagógicas contribuem para uma abordagem ativa, centrada no estudante e voltada à formação integral do sujeito. A análise evidencia a atualidade dessas ideias, inclusive em contextos mediados por tecnologias educacionais e Inteligência Artificial, reafirmando o papel da educação na formação crítica e emancipadora.</p>Gustavo Garcia de AmoAirton Zancanaro
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2025-11-142025-11-142710.34019/1984-5499.2025.v27.49488Contribuições da Psicopedagogia para a atuação docente na Educação Infantil
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<p>Este artigo tem como objetivo investigar e compreender as contribuições do curso de Psicopedagogia para a atuação docente na Educação Infantil, a partir da teoria Histórico-Cultural. Em decorrência disso, a questão problematizadora é: “Em que medida a formação em Psicopedagogia contribui para a atuação docente na Educação Infantil, tendo em vista o integral desenvolvimento da criança?”. Para responder esta questão desenvolvemos uma revisão de literatura, utilizando duas bases de dados, a Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD) e o portal de periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Ao realizar o levantamento de dados constatamos que a Psicopedagogia é um campo de atuação que se dedica a compreensão das dificuldades e problemas de aprendizagem que podem ser de ordem cognitiva, emocional, social e ambiental. Portanto, tem potencial para a qualificação das práticas pedagógicas na Educação Infantil.</p>Vanessa Freitag de AraújoÉrica da Silva SousaJessica Priscila da Silva
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2025-09-032025-09-0327Pensamento abissal e educação musical
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<p>O presente trabalho tem como foco o questionamento sobre o modo como o conhecimento é concebido na sociedade atual, ou seja, a valorização do conhecimento científico como única forma de saber válido e sua relação com a educação pública. Assim, o estudo objetivou investigar o espaço da música no currículo de uma escola pública federal no interior do Estado do Rio de Janeiro. Com relação à metodologia, optou-se pelos estudos nos/dos/com os cotidianos. Trazer à baila a sociologia do cotidiano se deve por entender que a referida metodologia permite a leitura do social por intermédio de acontecimentos considerados desprezíveis pela sociologia tradicional. Os dados da pesquisa revelaram que o currículo desenvolvido na escola investigada opera a partir do pensamento abissal, hierarquizando e excluindo os componentes curriculares que não atendem lógica moderna. Espera-se que a pesquisa possa contribuir com o debate acerca da visibilização da música como um saber relevante para a educação básica.</p>MarceloMoisés de Castro Lodoro
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2025-07-242025-07-2427Orientações curriculares dos estados do nordeste do Brasil para a educação inclusiva de surdos no ensino fundamental
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<p>A pessoa surda participa de uma minoria linguística usuária da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), interagindo e aprendendo através da visualidade. Por isso, as atividades oferecidas pela escola, precisam considerar essa particularidade de acesso ao conhecimento por parte desses estudantes. Diante do exposto, esta pesquisa teve como objetivo analisar as orientações para educação inclusiva de surdos presentes nos documentos curriculares publicados pelos estados do Nordeste brasileiro. Para tanto, foi feita a análise documental das nove orientações curriculares desses estados, publicadas entre 2018 e 2020, disponíveis na <em>internet</em>. Esses dados foram analisados em uma abordagem qualitativa, através da Análise de Conteúdo. Como resultados, identificamos que a abordagem dos documentos sobre a educação especial, educação inclusiva e a educação de surdos (profissionais, instrumentos e práticas), precisam ser explicitadas de maneira mais direta nos documentos.</p>Adriana Moreira de Souza CorrêaLuberna Andrade Pinheiro FernandesAparecida Carneiro Pires
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2025-04-142025-04-1427Resolução de problemas em uma perspectiva investigativa no ensino de equação do primeiro grau
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<p>Com o intuito de relatar uma proposta didática, desenvolvida no contexto do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência e da disciplina de Ensino de Matemática através de Problemas do Curso de Matemática – Licenciatura da Universidade Federal de Uberlândia, sobre o tema equação do primeiro grau, este artigo baseia-se na pergunta norteadora “Como a resolução de problemas e a investigação podem contribuir para o ensino de equação do primeiro grau?”. Para tanto foi elaborada uma proposta, fundamentada teoricamente na aula investigativa, de João Pedro da Ponte, e no ensino de matemática através da resolução de problemas, das professoras Lourdes Onuchic e Norma Allevato, com o objetivo de introduzir o conceito de equação do primeiro grau por meio da resolução de problemas. Concluiu-se que a aula viabilizou a interação entre pares e o desenvolvimento de raciocínios na resolução dos problemas, além de fazer surgir a necessidade do conteúdo matemático a partir de um problema que fizesse sentido para os alunos.</p>Matheus Carvalho Carrijo SilveiraÉrika Maria Chioca LopesArianne Vellasco-GomesFabiana Fiorezi de Marco
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2025-06-042025-06-0427Desafios e Possibilidades do Jogo da Memória como estratégia educativa no ensino de Biologia
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<p>O estudo avaliou a eficácia de um jogo da memória como ferramenta pedagógica no ensino de organelas celulares. A pesquisa, de caráter exploratório e abordagem quali-quantitativa, foi realizada com 54 estudantes do Ensino Médio. O jogo <em>Memory Bio</em>, feito com materiais recicláveis, apresenta informações sobre organelas em um tabuleiro lúdico. Após a aplicação, um questionário com escala de Likert mediu a aceitação da atividade, que superou 60%. Os resultados indicam que o jogo contribuiu para o aprendizado de forma lúdica, acessível e atrativa, promovendo cooperação e engajamento. Conclui-se que metodologias ativas, como jogos didáticos, são estratégias eficazes para o ensino de Ciências.</p>Maria Arliane Lima de MesquitaJosiany Costa de SouzaLydia Dayanne Maia PantojaCibele Monteiro
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2025-09-172025-09-172710.34019/1984-5499.2025.v27.48377Trilhas de Aprendizagem e Gamificação como Ferramentas de Inovação Educacional no Ensino Superior
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<p>Este trabalho relata uma experiência de monitoria acadêmica na disciplina de Psicometria, do curso de Psicologia, com o uso de gamificação e trilhas de aprendizagem como estratégias de inovação pedagógica. A proposta teve como objetivo promover o engajamento dos discentes e facilitar a compreensão de conteúdos técnicos por meio de metodologias ativas. Para tanto, as atividades incluíram jogos virtuais como trilha psicométrica e quiz, desenvolvidos com base em materiais da disciplina e aplicados com apoio docente. Os resultados evidenciaram maior participação dos alunos, desenvolvimento do pensamento crítico e maior retenção do conteúdo. A estrutura lúdica e interativa favoreceu a equidade entre os diferentes perfis de aprendizagem. Apesar da limitação de escopo, a experiência demonstrou potencial de replicação em outros contextos. Conclui-se, portanto, que a gamificação é uma ferramenta eficaz na formação crítica e autônoma no ensino superior.</p>André Sousa Rocha
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2025-08-142025-08-1427De aluno a monitor
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<p>As disciplinas que abrangem a metodologia científica configuram-se como ferramentas essenciais para a elaboração de produções acadêmicas, uma vez que facilitam a organização, fundamentação teórica e avaliação dos trabalhos. Quando aliadas a monitorias acadêmicas, observa-se uma melhora significativa dos resultados e no processo de aprendizagem. Nesse contexto, este estudo, de caráter descritivo, apresenta um relato de experiência com o objetivo de descrever as dificuldades, potencialidades e vivências adquiridas por duas acadêmicas do curso de Psicologia de uma faculdade do interior do Ceará, atuando tanto como discentes quanto como monitoras da disciplina “Métodos e Técnicas de Pesquisa em Psicologia”, ofertada na grade curricular do 5° semestre. As experiências acadêmicas ocorreram em momentos distintos: como discentes da disciplina no período letivo de 2023.1 e como monitoras em 2024.1.</p>Ana Leticia Barroso do NascimentoCarla Isadora Carvalho BorgesGleyde Raiane de Araújo
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