IMPACTO DAS CONICIDADES NA FORMAÇÃO DE MICROTRINCAS DENTINÁRIAS EM MOLARES

Autores

  • Júlia Brito de Moura Montan Universidade Federal de Juiz de Fora - campus avançado Governador Valadares
  • Ana Flávia Almeida Barbosa Universidade Federal de Juiz de Fora - campus avançado Governador Valadares
  • Emmanuel João Nogueira Leal da Silva Universidade Federal de Juiz de Fora - campus avançado Governador Valadares
  • Mariane Floriano Lopes Santos Lacerda Universidade Federal de Juiz de Fora - campus avançado Governador Valadares
  • Carolina Oliveira de Lima Universidade Federal de Juiz de Fora - campus avançado Governador Valadares

Palavras-chave:

Microtomografia por Raios-X, Preparo do canal radicular, Microtrincas

Resumo

Introdução: A formação de microtrincas dentinárias após o preparo do canal pode funcionar como um ponto de gatilho de fraturas dentárias que são complicações clínicas que podem influenciar na sobrevivência ou até mesmo levar à extração de dentes tratados endodonticamente Com o avanço da Endodontia Minimamente Invasiva, instrumentos de conicidades reduzidas vêm sendo sugeridos no intuito de garantir uma maior preservação da dentina radicular, e possivelmente, promover menor formação de microtrincas dentinárias, evitando assim pontos de gatilho para ocorrência de fraturas dentárias. Objetivos: Avaliar, por meio de um estudo longitudinal, a influência de instrumentos com a mesma ponta e com diferentes conicidades, no que diz respeito à formação de microtrincas dentinárias após o preparo de molares superiores. Metodologia: Após a aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa, vinte e dois molares superiores com volume, área e anatomia similar foram selecionados após escaneamento com microtomografia computadorizada (micro-CT). Em seguida, os dentes foram acessados, montados em manequim odontológico para simular a prática clínica e preparados com a sequência de instrumentos 25/0,03, 25/0,05, 26/0,06 e 25/0,08v de acordo com as recomendações do fabricante. Após o preparo, os dentes foram submetidos a novos escaneamentos por micro-CT totalizando cinco aquisições de micro-CT (antes do preparo, após as conicidades 0,03, 0,05, 0,06 e 0,08v). As imagens antes e após cada preparo foram reconstruídas, registradas e avaliadas desde o nível de furca até o ápice radicular para identificar a presença de microtrincas dentinárias. Para validar o as análises, as microtrincas foram quantificadas duas vezes, em intervalos de 2 semanas., por dois examinadores. Os dados foram analisados descritivamente (frequências e médias) e a calibração intra e interexaminador foi aferida pelo índice Kappa. Resultados: O Kappa intra e inter-examinador foi de 0,8 e 0,85, respectivamente, demonstrando ótima concordância. De um total de 42.925 imagens de cortes transversais, apenas 1206 (2.8%) das imagens apresentaram microtrinca dentinária. Todas as microtrincas observadas após o preparo do canal radicular já estavam presentes nas imagens correspondentes de antes da instrumentação do canal. Portanto, não foram detectadas novas microtrincas, independentemente da conicidade do instrumento utilizada. Conclusão: O aumento da conicidade dos instrumentos durante o preparo do canal não promoveu formação de microtrincas dentinárias em molares superiores extraídos.

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Publicado

2025-05-21

Como Citar

MONTAN, J. B. de M. .; BARBOSA, A. F. A. .; SILVA, E. J. N. L. da; LACERDA, M. F. L. S. .; LIMA, C. O. de . IMPACTO DAS CONICIDADES NA FORMAÇÃO DE MICROTRINCAS DENTINÁRIAS EM MOLARES. Revista de Ciência, Tecnologia e Sociedade, [S. l.], v. 5, n. 1, 2025. Disponível em: https://periodicos.ufjf.br/index.php/rcts/article/view/48730. Acesso em: 21 jun. 2025.

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