PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA OCORRÊNCIA DAS ARBOVIROSES NA MACRORREGIÃO DE SAÚDE LESTE, MINAS GERAIS, 2015 E 2021

Autores

  • Rivadávia Fernandes da Silva Neto Universidade Federal de Juiz de Fora - campus avançado Governador Valadares
  • Yara de Oliveira Pena Universidade Federal de Juiz de Fora - campus avançado Governador Valadares
  • Weslley Augusto Pessanha da Rocha Gomes Universidade Federal de Juiz de Fora - campus avançado Governador Valadares
  • Gabriela Sousa Leandro Universidade Federal de Juiz de Fora - campus avançado Governador Valadares
  • Waneska Alexandra Alves Universidade Federal de Juiz de Fora - campus avançado Governador Valadares
  • Guilherme Nery Freire Universidade Federal de Juiz de Fora - campus avançado Governador Valadares

Palavras-chave:

Arboviroses, Epidemiologia Descritiva, Sistema de Informações em Saúde

Resumo

INTRODUÇÃO As arboviroses são doenças virais transmitidas por artrópodes hematófagos infectados, sendo o Aedes aegypti o principal vetor. Entre as que mais afetam a população estão a Chikungunya, a Zika, a Dengue e a Febre Amarela. OBJETIVO Descrever o perfil epidemiológico dos casos de Dengue, Chikungunya e Febre Amarela na Macrorregião Leste de Minas Gerais no período entre 2015 e 2021. METODOLOGIA Estudo observacional descritivo pautado nos dados disponibilizados pelo SINAN no período entre 01/01/2015 a 13/12/2021. Foram descritas taxa de incidência por ano, número de notificações dos casos confirmados e taxa de notificação de acordo com raça e sexo. RESULTADOS E DISCUSSÃO No período estudado, notificou-se 51.015 casos de dengue, chikungunya e febre amarela na Macrorregião Leste de Saúde de Minas Gerais. A maior incidência das arboviroses ocorreu em 2017, com 2.650 casos por 100.000 habitantes, seguido de 2020, com 1.310 casos por 100.000 habitantes. Considerando-se as variáveis sociodemográficas associadas, observou-se que a maioria dos casos de dengue (57,08%) e Chikungunya (59,8%) se desenvolveram em indivíduos do sexo feminino, enquanto os casos de Febre Amarela foram mais expressivos no sexo masculino (81,8%). Em relação à raça, as três arboviroses descritas apresentaram taxas maiores em pessoas pardas, com 52,6% na dengue, 40,1% na Chikungunya e 66,8% na febre amarela. Com o colapso do sistema de saúde nos anos de 2020 e 2021 em função da pandemia da Covid-19, tornou-se notório a negligência governamental no combate e controle das arboviroses, assim como a displicência na produção dos dados epidemiológicos relacionados a elas, já que onde parcela importante da população deixou de procurar os serviços de saúde devido ao distanciamento social preconizado. CONSIDERAÇÕES FINAIS É notória a importância das arboviroses no cenário epidemiológico da Macrorregião Leste do Estado devido às condições favoráveis para propagação do vetor (mosquito Aedes aegypti) da doença. Percebe-se a necessidade de assegurar a capacitação adequada aos profissionais de saúde para o preenchimento das fichas de notificação do SINAN e ações direcionadas para controle do vetor.

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Publicado

2025-05-21

Como Citar

SILVA NETO, R. F. da .; PENA, Y. de O. .; GOMES, W. A. P. da R. .; LEANDRO, G. S. .; ALVES, W. A. .; FREIRE, G. N. . PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA OCORRÊNCIA DAS ARBOVIROSES NA MACRORREGIÃO DE SAÚDE LESTE, MINAS GERAIS, 2015 E 2021. Revista de Ciência, Tecnologia e Sociedade, [S. l.], v. 4, n. 1, 2025. Disponível em: https://periodicos.ufjf.br/index.php/rcts/article/view/48560. Acesso em: 5 dez. 2025.