Artivistas LGBTQIA+
ilustrando as diversidades e o protagonismo político na luta por direitos
Palavras-chave:
Artivismo LGBTQIA , Direitos, Representatividade, EducaçãoResumo
A negação estratégica das identidades de sujeitos LGBTQIA+ em todos os espaços demonstra como sua história e direitos foi designada ao lugar do prejuízo social, tal qual suas manifestações de resistência. Dessa forma, o objetivo do trabalho é enfatizar como sujeitos LGBTQIA+ no contexto brasileiro estabelecem através de suas ilustrações, vínculos com um coletivo e garantem o protagonismo de suas representações e narrativas, reivindicando categorias políticas como estratégias de enfrentamento às normativas que estruturam representações de grupos dominantes e marginalizam identidades LGBTQIA+; promover tais narrativas visuais se enquadra como uma tentativa de reparo histórico frente a desmobilização de políticas públicas e desvalorização de produções de artistas ativistas LGBTQIA+ no Brasil. As ponderações desenvolvidas ao longo deste trabalho estão baseadas na análise das narrativas visuais como parte crucial de nossa metodologia qualitativa.
Recorremos às ilustrações como ferramentas de reflexão sobre a produção de sentidos e significâncias, uma vez que estas são instrumento de trabalho de artivistas colaboradores, e por compreendermos que suas ilustrações possuem caráter político e autoexplicativo, com potencial de produzir múltiplos sentidos e olhares. Por fim, elucidamos que a metodologia de seleção de ilustradores foi pautada em artivistas cujo trabalho se desenvolve na rede social Instagram, site que é amplamente utilizado para divulgação do conteúdo dos colaboradores dessa pesquisa e onde investigamos as narrativas visuais, assim como buscamos alcançar identidades LGBTQIA+ diversas. Como resultado obtivemos a seleção de ilustrações de cada artivista colaborador, exibidas e discutidas na apresentação do presente trabalho no II Congresso de Gênero e Sexualidade do Leste Mineiro, também foram realizadas entrevistas com cada artivista para compreender percursos e desafios na articulação de suas ilustrações como mecanismos políticos de cobrança de direitos e na sensibilização de seu público; através das entrevistas e ilustrações concedidas construiu-se um total de seis zines sobre o trabalho de cada artivista. As zines se tornaram um material pedagógico utilizado durante a disciplina Corpo, Gênero, Sexualidade e Educação ofertada pela Universidade Federal de Viçosa, onde visamos promover discussões sobre o protagonismo e a luta por direitos de LGBTQIA+, assim como criar subsídios para que o debate sobre diversidade em espaços educacionais se concretize.
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