Promoção da Saúde e Prevenção da Infecções Sexualmente Transmissíveis na População Masculina Privada de Liberdade

Resumo

As pessoas com privação de liberdade estão especialmente susceptíveis às IST/HIV/AIDS pelo próprio cenário carcerário que reúne diversas situações de vulnerabilidade. A dificuldade de acesso às informações acerca das Infecções sexualmente transmissíveis representa uma dessas vulnerabilidades, pois o desconhecimento sobre sinais e sintomas e mesmo os modos de infecção destas doenças, configuram-se uma limitação para que os internos procurem o serviço. Outros fatores importantes na transmissão das IST nesses ambientes são a grande possibilidade de troca de parceiros e o baixo uso do preservativo. Diante desse cenário, o presente projeto tem como objetivo principal a integração extensão e pesquisa afim de descrever o perfil demográfico e epidemiológico das IST na população em regime socioeducativo de Governador Valadares e seu conhecimento acerca do HIV, sífilis, hepatite B e C, além de aconselhar sobre AIDS, hepatites virais e outras infecções sexualmente transmissíveis, orientar sobre o tratamento de casos diagnosticados de infecção por HIV ou por outra IST, oferecer informações sobre IST/HIV/AIDS, tais como formas de contágio, danos à saúde, sintomas, tratamento e prevenção, proporcionar a diminuição da transmissão dessas infecções entre os adolescentes, por meio do fornecimento de educação em saúde, reconhecer situações de vulnerabilidade e das práticas sexuais de risco através de metodologias ativas de ensino e aprendizagem, incluindo ações lúdicas e participativas entre os jovens privados de liberdade. Enfim, trata-se de um estudo descritivo, epidemiológico e transversal, a ser realizado no Centro Socioeducativo de Governador Valadares, Minas Gerais, Brasil, no ano de 2019. O estudo tem como população alvo pessoas em regime de privação de liberdade que, na ocasião, totalizam 50 adolescentes, em cumprimento de medida socioeducativa no regime semiaberto, fornecendo insumos para a formulação de políticas públicas de saúde voltadas a atenção das IST na população em regime socioeducativo do município, e a percepção de risco pelos adolescentes, adotando estratégias de prevenção de acordo com a realidade local.