Gerenciamento da terapia medicamentosa na atenção primária à saúde
estudo educacional
Palavras-chave:
Atenção farmacêutica, Cuidado ao paciente, Atenção primária à saúdeResumo
A transformação do papel do farmacêutico como profissional da área da saúde e sua colaboração no cuidado ao paciente são considerados um marco na história da profissão e têm sido assuntos de muita relevância atualmente. O Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica (NASF-AB), no qual o farmacêutico está inserido, atualmente é a equipe em que o farmacêutico pode exercer, de forma mais próxima, o papel voltado ao cuidado ao paciente na APS. Uma parceria da UFJF-GV com a SMS do município resultou em atividades voltadas para os farmacêuticos do NASF-AB, com foco na formação clínica. As ações contemplaram: curso teóricoprático em atenção farmacêutica em que competências relacionadas à tomada de decisões em farmacoterapia, saúde baseada em evidências e prática centrada no paciente foram desenvolvidas a partir do estudo de casos clínicos; tutoria in loco para atendimento compartilhado entre as equipes da universidade e do serviço de saúde; e discussões dos casos clínicos. Esse estudo objetivou compreender o processo de formação em atenção farmacêutica na perspectiva dos participantes. Tratou-se de uma pesquisa qualitativa que envolveu oito farmacêuticos do NASFAB, docentes, técnicos e estudantes participantes de ações educativas de agosto de 2017 a maio de 2018. Foram conduzidos grupos focais com todos os participantes, utilizando tópicos guia para nortear as discussões. Nos momentos de imersão dos pesquisadores em campo foram feitos registros em diários de campo com notas descritivas e reflexivas sobre as situações experienciadas. Além disso, foram realizadas entrevistas individuais em profundidade com todos os participantes, as quais nortearam-se por tópico guia para que o entrevistado contextualizasse o aprendizado percebido em suas experiências. Foi realizada a análise temática do material produzido com emprego do software NVivo. Os dados preliminares apontam que, embora os participantes tenham se engajado no processo de formação e desenvolvido competências iniciais para o cuidado ao paciente, há desafios para a aplicação de tais competências em suas rotinas no NASF-AB. Destacamse limitações relacionadas ao tempo, à gestão do trabalho, a outras demandas do serviço, além de formação clínica insuficiente desde a graduação.
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