Defeitos de desenvolvimento de esmalte e cárie dentária em escolares com dentição permanente.

Resumen

Os defeitos de desenvolvimento de esmalte não fluoróticos, (DDE) são consequência de distúrbios nos estágios de formação do esmalte. Estes defeitos são considerados marcadores biológicos de acontecimentos negativos precoces de vida, estando associado à cárie dentária. O objetivo deste estudo foi determinar a influência da presença de defeitos de desenvolvimento de esmalte na experiência de cárie dentária e fatores associados em um grupo de escolares em Governador Valadares, MG. Trata-se de um estudo transversal, com uma amostra de conveniência, parte de um estudo piloto realizado em uma escola municipal em Governador Valadares (Parecer aprovado do comitê de ética no 2.740.143). Setenta e quatro crianças entre 8 e 10 anos, cujos pais ou responsáveis assinaram um termo de consentimento livre e esclarecido, fizeram parte da amostra. Seis acadêmicos de odontologia previamente treinados realizaram exames clínicos para determinar a presença de defeitos de
esmalte e cárie utilizando os índices da Federação dentária internacional e CPO-D. Um questionário previamente testado que incluiu questões sociodemográficas e comportamentais foi aplicado. A análise estatística foi descritiva e bivariada usando o teste de Qui-quadrado, Fisher e/ou de tendência linear. A maioria das crianças foram do sexo feminino (52,6%), apresentavam renda familiar entre 1 e 3 salários mínimos (56,5%) e mães com 9-12 anos de estudo (44%). Na amostra a prevalência de defeitos de esmalte foi de 52,0%. Os defeitos demarcados foram os mais comuns (17,7%). A maior prevalência de defeitos de esmalte esteve associada à experiência de cárie.