Alberto Guerreiro Ramos e Celso Furtado
subdesenvolvimento, Estado e democracia
Palavras-chave:
desenvolvimentismo, Celso Furtado, Guerreiro Ramos, DemocraciaResumo
O projeto de Iniciação Científica Alberto Guerreiro Ramos e Celso Furtado:
Subdesenvolvimento, Estado e democracia, trouxe como objetivo geral para
seus participantes entender como ambos autores tratavam os empecilhos que
impossibilitavam os países (considerados periféricos, de desenvolvimento dependente
e de sociedades subdesenvolvidas, como o próprio Brasil) de terem sua própria forma
de desenvolvimento. Portanto, comparar o pensamento e obras desses autores,
trabalhando as afinidades e os momentos ou abordagens em que eles se encontram
em marcos analíticos adversos. Alberto Guerreiro Ramos, baiano, negro, político e
sociólogo brasileiro, teve grande importância e relevância para o desenvolvimento das
ciências sociais no país. Celso Monteiro Furtado, paraibano, economista brasileiro de
maior destaque devido suas ideias sobre desenvolvimento e subdesenvolvimento e
sua interferência na economia. Guerreiro Ramos ao analisar a sociologia no Brasil,
constatou que não diferente de outros países, principalmente latino-americanos,
estes sofriam com a dependência de outros países. Isto é, o sociólogo se baseava em
obras e experiências estrangeiras para abordar questões peculiares e específicas de
seu país. Sociologia esta denominada de enlatada pelo próprio autor. Celso Furtado
ao trabalhar a questão da dependência e do subdesenvolvimento tem como um dos
diferenciais do seu trabalho a análise das necessidades de observância do critério
regional na formação de um processo de desenvolvimento nacional. Sobretudo
pelas características próprias de formação do Brasil e a complexidade das relações
existentes a partir disso. Um ponto relevante nessa análise, demonstra que os dois
pensadores colocaram a questão da estabilidade da dependência do Estado como
atraso no processo de desenvolvimento e como o Estado teria um papel fundamental
quando se pretende acabar com essas barreiras que impedem esses países de
encontrar caminhos próprios de desenvolvimento, envolvendo o caráter democrático
inerente à sociedade e sem o qual esse possível desenvolvimento não se efetivaria. A
relação entre a lógica da dependência, da democracia e do modelo de desenvolvimento
é preponderante para o estudo de ambos os autores.
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