Efeito de nanopartículas de quitosana no esmalte dentário submetido ao desafio cartiogênio

Resumen

A efetividade das nanopartículas de quitosana (ChNPs) na inibição da perda mineral do esmalte ainda é pouco investigada. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito in vitro da aplicação de ChNPs no esmalte dentário após desafio cariogênico com ciclagem de pH por meio do teste de microdureza Knoop (KHN). As ChNPs foram sintetizadas pelo método de geleificação iônica, obtendo-se a concentração de 3,85 mg/mL. As ChNPs foram caracterizadas por espalhamento de luz dinâmico e Potencial Zeta. Quarenta e oito blocos de esmalte (4 x 4 mm) foram obtidos de terceiros molares inclusos. As amostras foram divididas (4 x 2 mm) em grupos controle (coberta com esmalte de unha) e grupos experimental de acordo com cada grupo (n=12): fluoreto de sódio 0,05% (controle positivo), quitosana (5 mg/mL), ChNPs (3,85 mg/mL) e água destilada (controle negativo). As amostras foram imersas por 90s em cada solução e expostas ao desafio cariogênico por ciclagem de pH em solução de desmineralização (3h) e remineralização (21h) durante 7 dias. Posteriormente, a medidas de KHN e de % alteração de KHN foram obtidas no lado controle e experimental. Os dados foram analisados por ANOVA two-way e Tukey (a= 0,05). As ChNPs apresentaram tamanho médio de 84,7$24,0 nm. Os grupos fluoreto de sódio e ChNPs apresentaram os menores valores % de alteração de KHN, e maior dureza pós-desafio, sem diferença significante entre eles. O grupo quitosana e água destilada apresentaram maior % de alteração de KHN, sem diferença estatística entre eles. Pode-se concluir que as nanopartículas de quitosana minimizaram a perda de dureza do esmalte após o desafio cariogênico in vitro.